domingo, 14 de dezembro de 2008

Uma aventura norte-americana (parte 3)

(Leia a parte 1 e a parte 2 primeiro caso não tenha visto)

Hora de ir pra Chicago. Depois de 2 horas no vôo mais turbulento que já voei (e pra ajudar eu estava bem no fundo do avião, quase fora (classe econômica é uma M...)), finalmente chego no aeroporto internacional de Chicago.

Depois de pegar as malas, fui atrás do Sérgio Francês. A gente tinha combinado, ainda no Brasil, que iríamos se encontrar no aeroporto. Como o celular não funcionava lá (mesmo eu tendo habilitado o roaming internacional), eu fiquei na mão do destino.

Mas já começou errado. Aquele aeroporto é um monstro. A chance de ele me encontrar era mínima.

Foi então que um pedaço de papel me salvou. No dia anterior, ainda em Orlando, acessei a internet pra ver e-mails e vi o número da prima do Francês que mora em Chicago. Anotei no papel e coloquei na minha pasta de documentos que ficava dentro da minha mochila. Fui num telefone público, tirei a pasta, peguei o papel e liguei. Foi a sorte. Encontrei eles e fomos para a casa da tia do Francês (a mãe da prima dele).

Chegando lá, tiramos a bagagem do carro, corremos pra casa (tava friiiio), e ao entrar notaram que o ziper da minha mochila estava aberto. Ué? Fui olhar, cadê a minha pasta de documentos!!!???

Putz!!!!!!!!!! Será que roubaram? Será que caiu no chão? Que merda!!! Pelo menos o passaporte estava comigo. Mas na pasta estava o meu pen drive com todas as fotos de Olrando, já que o cartão da máquina encheu e eu apaguei pra poder tirar fotos em Chicago. Que M...!!!

Depois de ligar e religar pro aeroporto, pra companhia, pro achados e perdidos, resolvemos voltar pro aeroporto. E era longe hein... Meia hora de carro, se o trânsito estivesse bom.

Chegando lá, uma surpresa. A pasta estava lá, bonitinha, no telefone público que usei pra telefonar. Devido ao cansaço da Black Friday eu devo ter me desligado e esquecido a pasta lá. E o mais intrigante é que ninguém mexeu. E isso gerou o inevitável comentário "Ah se fosse no Brasil...".

Dia seguinte começava a RSNA. Saímos bem cedo pra chegar no local da feira logo na abertura. O duro era se acostumar com o fuso horário, 4 horas a menos que o de Brasília no horário de verão. No caminho, deu pra notar a imponência dos prédios do centro.





Chegando na RSNA, fomos direto nos registrar pra já começar a visitar as empresas. Eta feira gigante. Tinha tanta coisa pra ver, tanto lugar pra olhar, que era difícil até saber por onde começar.



O mais improvável, além disso, era encontrar com o segundo pelotão da empresa lá na feira. Não conseguimos entrar em contato com os diretores lá em Chicago, então seria na sorte. E foi. Numa hora que estávamos procurando uma loja da Star Bucks Coffee, pegamos o rumo errado e fomo parar lá na entrada. E demos de cara com o Fernando, um dos diretores. A partir daí deu pra se organizar melhor. Trocamos figurinhas sobre o que era legal de ver por lá, e fizemos algumas análises.

O mais difícil na feira foi, na verdade, conseguir convencer os expositores de que não éramos espiões. Como fomos convidados pela TeraRecon, no nosso crachá estava escrito "Expositor - TeraRecon"... Ou seja, era como se trabalhássemos para ela. E da-lhe papo...

  • "Somos estudantes fazendo trabalho acadêmico..."
  • "Representamos um hospital no Brasil e estamos aqui pesquisando qual o melhor sistema para implantarmos lá..."
  • "Somos desenvolvedores autônomos e estamos fazendo uma pesquisa..."
  • "É, trabalhamos na TeraRecon mesmo, chupa essa manga garotão..."... ops, essa não.
Enfim, foi um tormento conseguir extrair informação dos expositores porque a maioria é concorrente da TeraRecon. Éramos espiões sim, mas não a serviço da TeraRecon, e sim da Pixeon >=)

Fim de feira, fomos dar um rolé pela cidade. Na foto parece que está bem tarde, mas lá estava anoitecendo antes das 5 da tarde.



Dia seguinte, surpresa!!! Tudo branco!!! Nevou durante a noite. Eeeeeeeeeee!!! (alegria de turista)



A neve é muito bonita, muito fofa, muito legal... Mas pra quem convive com ela, é uma porcaria. Antes de sair de casa é necessário abrir caminho na neve com uma pá, pra não escorregar. Antes de sair com o carro tem que tirar a neve de cima. O vento em Chicago faz com que a neve não cai em floco certinhos, mas sim caia como se fosse uma areia, uma areia gelada. E ficar levando isso na cara é bem complicado.



Pra andar por lá eu estava usando 2 camisetas grossas, a minha jaquetona, 2 calças, 2 meias, luva, protetor de orelha e gorro. E tava frio.

Inclusive isso gerou um episódio cômico. Ao sair pra feira, eu me enchi de roupa. Chegando na feira, como o ambiente é aquecido, tive que tirar aquele monte de coisa por baixo. No final da feira, todo mundo foi saindo e eu esqueci de recolocar as roupas por baixo. Resultado: estava quase morrendo de frio na rua. Até bateu aquela preocupação, afinal não faz muito tempo que me recuperei de uma pneumonia (vide história).

A mulherada, só pra variar, entrou numa loja da Victoria's Secret, uma loja famosa de artigos femininos (tipo uma Marisa). Como estava congelando, entrei também. E não teve jeito, tive que pedir pra ir no provador pra colocar as roupas por baixo. Quem estava comigo perdeu a oportunidade de tirar uma foto do caso... Eu saindo do provador de uma loja cheia de roupas íntimas sensuais femininas.

Pelo menos aprendi a lição. Nunuca mais esqueci de sair bem agasalhado.

A feira durou 5 dias, mas os diretores só foram em 2 dias e depois foram para a férias no Canadá. Diretoria é diretoria né... No último dia demos uma andada pela cidade, fomos a um museu de arte contemporânea (daqueles que em 90% das obras você olha e faz cara de ponto de interrogação) e conhecemos alguns pontos interessantes e fomos a uma loja de livros.



Inicialmente eu pensei "bom, eu não sou muito de ler, vou só acompanhar...". Mas foi chegar na sessão nerd da loja, onde ficam os mangás, comics etc., ferrou... E ferrou mais ainda quando eu vi na estante uma caixa toda estilosa, lacradinha, com os 3 livros básicos da quarta edição de Dungeons & Dragons. Argh!!! "Não vou comprar... não vou comprar... não vou comprar... Ah, dane-se, comprei". (sim, isso parece pensamento de mulher ao ver qualquer vitrine... vai ver o episódio na Victoria's Secret me afetou). Garanti um passatempo pra... err... "passar o tempo" nas esperas do aeroporto.



E foi isso. No dia seguinte peguei o avião pro Brasil, e o Sérgio foi para New York (se eu não tivesse fechado o pacote da viagem eu iria também). Fui pela United Airlines, em 9 horas e pouco de vôo. O avião tinha a seguinte distribuição de poltronas:

janela|2 poltronas|corredor|5 poltronas|corredor|2 poltronas|janela

... e eu peguei a do meio das 5 poltronas. O pior lugar possível. E na United, a classe econômica fica quase fora do avião, láááá atrás. Então seguuuura peão!!!

Chegando no Brasil, em São Paulo, já deu pra notar a diferença. O embarque pro meu vôo pra Florianópolis estava escrito no cartão que seria feito pelo portão 5. No painel estava escrito que seria pelo portão 9. E acabou sendo feito pelo portão 7. Blah. Imagino um gringo tendo que se "orientar" por lá.

E assim acabou a Aventura norte-americana =).

Resumo da viagem:

Período:
De 21 de novembro até 5 de dezembro de 2008

Cidades:
Miami, Orlando, Tampa e Chicago

Vôos:
5. De Floripa pro Rio de Janeiro (Tam), do Rio pra Miami (Tam), de Orlando pra Chicago (United), de Chicago pra São Paulo (United) e São Paulo pra Floripa de volta (Tam).

Com quem viajei:
Durante a fase Flórida estávamos em 7: eu, Marco, Cassiana, Andrey, Vanessa, Rafael e Renata. Durante a fase Chicago estávamos eu e o Sérgio, e depois encontramos Iomani, Karyne, Fernando e Justine.

Onde fiquei:
Em Orlando ficamos em um hotel próximo aos parques da Universal, em Chicago eu fiquei pentelhando os tios do Sérgio na casa deles.

O que me chamou atenção:
Bom, a alimentação foi um ponto que pegou bastante. Em Chicago não tive problemas, pois fiquei na casa da tia do Sérgio, e ela cozinha bem pra caramba =). Mas em Orlando foi duro. Principalmente porque pra todo mundo que estava com a gente a alimentação podia ficar em segundo plano, mas pra mim e a minha querida talassemia, não rolava ficar no fast food toda hora.

Uma coisa que reparei é que os norte-americanos são extremamente consumistas. Dava pra ver pelas promoções: o que mais vi por lá foi "buy one and get 50% off for the second" (compre um e ganhe 50% de desconto no segundo).

Outra coisa que reparei é a segregação de cultura devido a raça. Não se via negros andando com brancos e vice-versa. Quando falei isso na casa da tia do Sérgio, acharam estranho. Lá isso parece ser tão normal que ninguém nem nota.

Uma coisa legal de lá é que o valor dos impostos é calculado depois do preço do produto. Digamos que certo produto seja 10 doláres. Mas o que você paga é, digamos, 11 dólares. Esse 1 dólar a mais só aparece no caixa (as taxes), e você, consumidor, sabe exatamente quanto de imposto está pagando. Imagina isso no Brasil? "O valor é 10 reais, mas com impostos fica R$59,90...".

Além disso, lá o troco é sempre exato. Eles possuem, na maioria das lojas que fui, uma "máquina de troco", que despeja as moedas exatas do que você tem que receber. Resultado disso é que a carteira enche de moedas rapidinho. Mas é um costume legal. Niniguém dá balinha ou surrupia um centavo seu.

"Ser nerd não é uma bosta. Ser nerd no Brasil é que é." Lá, qualquer mini loja de eletrônicos tem coisas nerds animais, como games, coisas pra PC (desde pen drives até memória RAM) etc., e tudo a um preço acessível (diferente do Nintendo DS a 800 reais que a gente vê por aqui). Blah.

Ao conhecer Chicago eu notei o quanto Orlando e Miami são fachadas. Ao chegar em Miami, só vemos carrões nas ruas, boa parte deles tunados, com neons e tudo mais, transatlânticos enormes ancorados, Guns'n Roses tocando na rádio local, casas exuberantes... Andar em Miami era como andar no game GTA Vice City. Olhar pros carros era como jogar Need for Speed. Dá a ilusão que o pais todo é assim. Mas Miami e Orlando são pros EUA como o Rio de Janeiro é pro Brasil: um cartão postal, uma fachada. Fui ver um carro popular só em Chicago. E muitos deles. Fui ver mendigos nas ruas só em Chicago (e passando frio na neve). Fui ouvir falar de "não é bom passar em tal parte a noite pois é perigoso" só em Chicago. Mas uma coisa é fato: mesmo nos locais onde se falava que era perigoso, nenhuma casa tinha muro ou cerca. E fora do centro, não se via prédios comerciais ou residenciais, era tudo casa.

O que mais gostei:
Da experiência em si. Ter que se virar numa cidade estranha, e ainda em outra língua, agregou bastante pra mim. Falando pontualmente, gostei de ter conhecido os parques da Flórida e de ter visto neve. Mas o que mais gostei foi de ter conhecido várias coisas de lá, e ter voltado pra minha terra depois. Não gostaria de morar por lá. A cultura daquele povo difere muito do estilo de vida que estou acostumado a levar, e mesmo que financeiramente lá seja melhor que aqui, eu gosto daqui.

E toda essa história começou com um simples desejo de querer ver alguma coisa nova. E as coisas novas vieram a cavalo. Fiquei sabendo nessa semana que a partir do dia 2 de janeiro do ano que vem já embarcarei pra outra viagem, dessa vez pra Argentina. Então repito o que disse na parte 1: "cuidado com o que você deseja"... Pois pode virar realidade!!!

Té++

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Uma aventura norte-americana (parte 2)

(Leia a parte 1 primeiro caso não tenha visto)

Então chegou o dia. Cerca de 8 horas de vôo em classe econômica depois de sair do Brasil (ai minhas pernas), finalmente EUA.

Chegamos em Miami, demos uma passeada por lá (depois de várias horas perdidas pra tentar acertar a locação dos carros... 2 carros, pois estávamos em 7), paramos em um shopping pra comprar algo pra vestir (afinal, fomos praticamente só com a roupa do corpo e a mala vazia, crentes na lenda de que lá é barato pra comprar as coisas) e fomos pra Orlando, a terra dos trocentos parques de diversão (sim, eu sei, "Disney"... Mas tem parques mais legais que a Disney por lá).

(eis o pátio da locadora de carros em Miami (Hertz))


No dia seguinte fomos para o parque da Universal.



E de cara fomos num dos brinquedos mais detonantes de todo o passeio: a montanha russa do Hulk. Putz!!! O treco é insano!!! Depois da segunda vez eu saí cambaleando. Parecia um bêbado.



Outra montanha russa animal foi a Duel Dragons, que na verdade são duas montanhas russas intrelaçadas. Nas horas que parecia que as duas iam bater não tinha como a adrenalina subir a mil. Saí mais bêbado ainda.



Além das montanhas russas havia outros tantos brinquedos legais, como o 3D do Homem Aranha e a Tower of Doom.

Outro parque que fomos foi o Bush Gardens. Bush o quê??? É algo do presidente norte-americano? Eu também nunca tinha ouvido falar desse parque, mas putz, que massa. As montanhas russas de lá são igualmente animais... Merece destaque a Sheikra, com sua detonante queda de 90 graus (com direito a uma paradinha antes da queda só pra visualizar a merda no que se meteu).



Em outro dia, a pedido do viciado Marco, fomos assistir a um jogo de basquete. Orlando Magic vs. Milwaukee Bucks na Amway Arena. Sentei longe de todo mundo pois todo mundo tinha comprado ingresso pela internet, e quando eu fui comprar não dava mais. Blah.

(intervalo de jogo não signifca não ter nada pra assistir)

O que mais me chamou atenção no jogo não foi o jogo em si (apesar dos lances brilhantes e enterradas animais), mas o show que o evento é. Em nenhum momento, nem nos meros tempos técnicos, não há algum entertenimento em quadra. Hora é apresentação das cheer leaders, hora é uns malucos pulando de cama elástica, hora é micagens do mascote do time... Nunca pára.

Ainda voltamos para o parque da Universal, mas dessa vez para o segundo parque (são 2, o primeiro foi a Adventure Island). Não é tão radical quando o primeiro, mas tem bastante coisa legal, como a montanha russa com tema da Múmia e o brinquedo dos Simpsons.



Então finalmente fomos para a famosa Disney World. Logicamente não foi possível visitar os 4 parques em um dia só. Inicialmente fomos para o Magic Kingdom (a bateria da minha câmera acabou logo na entrada do parque... Legal né?). Esse é o parque que tem o famoso castelo, e o também famoso show de fogos de artifício a noite (Whishes).



No Magic Kingdom e em todos os outros parques da Disney encontramos muito mais gente do que nos parques da Universal e no Bush Gardens. Muito mais gente mesmo. Resultado: filas em tudo quanto é brinquedo. E depois de andar em alguns, nota-se o foco do parque: ele é focado para as crianças (ah, sério?). O que quero dizer é que não tinha nada radical o suficiente que crianças não poderiam andar. As (poucas) montanhas russas eram grandes em termos de duração, mas nada muito assustadoras. Talvez porque eu já estava calejado das montanhas anteriores. Mas nenhuma tinha loop, por exemplo (fora a do Aerosmith, no Hollywood Studios).

O segundo parque visitado foi o Epcot, famoso pela bola gigante logo na entrada.



Daí comecei a perceber uma característica dos parques da Disney: todos possuem uma construção central (que dá de ver desde o estacionamento) e um show que envolve fogos de artifício antes do encerramento (exceção é o Animal Kingdom, pois os fogos atormentariam os bichos). Mais uma vez fila pra todos os lados. Os brinquedos do Epcot, apesar de toda a propaganda, não são lá grande coisa. Tudo é muito bem feito e bonito (como tudo na Disney), mas não muito emocionantes. Eis o espetáculo final, o Illuminations:



O terceiro parque visitado foi o Animal Kingdom. Lá é um grande zoológico, com bastante verde pra todo o lado. Legal pra bater fotos. No centro há uma grande árvore no estilo do Rei Leão.



O safari de lá é interessante. Eles fizeram uma verdadeira savana no parque, com os animais soltos nela. O safari é um safari literalmente, passando com os carros por entre os bichos. Outra coisa muita boa, que aliás é boa em toda a Disney, são os brinquedos de cinema 3D. Aqui o tema foi a animação Vida de Inseto. Muita gente protegeu o rosto quando os gafanhotos voaram da tela (o efeito é impressionante).

O quarto e último parque da Disney visitado foi o Hollywood Studios. Aqui o centro do parque é um baita gorro de mago do Mickey, fazendo alusão ao show noturno (o melhor na minha opinião), o Fantasmic.



O Hollywood Studios possui mais shows e apresentações do que os demais. Aqui o foco é mostrar como as cenas e efeitos especiais dos filmes são feitos. A apresentação do Indiana Jones e a perseguição de carros numa cidade cenográfica foram os melhores.

Uma coisa que achei estranha é que tinha um briquedo do Star Wars por lá. WTF Star Wars tem a ver com a Disney? Aliás, daria pra fazer tranquilamente um parque inteiro só sobre Star Wars. E ficaria massa pra caramba =).



Aqui também fica a melhor montanha russa da Disney na minha opinião, a do Aerosmith (Rock'n'Roller Coaster). É a única que tinha trilha sonora (massa) e a única da Disney com loop.



E finalmente, o show mais massa de todos, o Fantasmic, que mistura tudo quanto é personagem da Disney, utilizando efeitos de água, fogo e é claro, fogos de artifício:



Acabou? Não... Aindo fomos para o SeaWorld, um parque associado ao Bush Gardens, cujo tema é (adivinha) o mar. Lá tinha uma montanha russa interessante (que como não tinha muita fila eu fui 3 vezes =)). Mas o principal de lá é o show com as baleias, onde elas inclusive molham todo mundo que sentou na frente (hááááá, quem mandou chegar primeiro).

Uma coisa impressionante de lá é o baita aquário dos tubarões. Saca só:



E assim acabou o tour pelos parques. Restava uma das principais coisas a serem feitas nos EUA, considerando a situação sócio-imposto-econômica brasileira: as compras. A sexta-feira dia 28 de novembro foi nada mais nada menos que a Black Friday, o dia seguinte ao dia de ação de graças, no qual as lojas de todo o país abrem de madrugada e oferecem promoções bem interessantes. Essa da Reebok eu até tirei foto, pois no Brasil isso é impossível: compre 2 tênis e ganhe o terceiro no valor do mis caro comprado.



Não deu outra. Cheguei no Brasil com 4 tênis novos (3 da Reebok e 1 da Adidas).

E como bom nerd, não pude deixar de comprar eletrônicos. Nintendoei-me mais ainda, e comprei um DS Lite. Minha intenção era comprar um celular massa, mas descobri que lá é mais chato de comprar celular do que aqui. Por exemplo, um celular massa que vi era 129 dólares. Porém, esse é o valor se tu assinar o contrato de 2 anos com a operadora. Sem o contrato, pula pra 600 dólares. Daí era o mesmo preço do Brasil. O iPhone é um exemplo dos celulares que não compensam comprar por lá.

O que mais me detonou por lá, fora os súbitos esquecimentos do que dizer (I'm... I was... I want a...), foi a comida. Eta paisinho que come mal. Depois do terceiro fast food seguido meu corpo começou a reclamar: fiquei fraco e zonzo, com um mal estar bem irritante. Encontramos um restaurante melhorzinho por lá e mandamos ver. Quando vi arroz e feijão, nossa, que felicidade (era arroz integral e feijão doce, mas não importa, a fome era tanta que foi assim mesmo).

Depois da maratona de compras na Black Friday (acordados das 5 da manhã da sexta até quase as 2 da manhã de sábado), hora de dizer tchau. Tchau? Putz, eu ainda tenho que ir pra Chicago. Vamos treinar o inglês mais uma vez: "Oh my f***ing God of the f***ing Heaven"...

(continua na parte 3)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Uma aventura norte-americana (parte 1)

Iow

Começo a história com essa advertência: cuidado com o que você deseja.

(Hein? Não entendi...) Calma, eu já explico...

Tudo começou quando eu olhei pra minha rotina e falei "putz, mas que saco...". Acho que todo mundo um dia fala isso. Foi aí que pensei "bem que eu podia dar uma agitada... sei lá, conhecer outros lugares".

E logo depois teve uma reunião na empresa que trabalho, onde todos os setores falam sobre o que vão fazer ou estão fazendo, incluindo a diretoria. E então foi comentado que haveria uma feira internacional de radiologia, em Chicago, que os diretores participariam (a RSNA). Então eu perguntei "tem como ir junto?". Risadas.

Depois, na sala dos diretores, perguntei mais diretamente: "Tá, se eu bancar tudo e me virar com papelada, tem como ir junto?" Daí a resposta foi diferente. Mas chamei pra mim um desafio que não sei porque raios cargas d'água eu resolvi chamar. Viagem internacional? Pow, minha maior viagem na vida tinha sido ir pro Paraguai... E a primeira vez que voei foi pra São Paulo, nesse ano (no Google Developer Day)... Onde eu tava com a cabeça?

Mas fui atrás da papelada. Fiz o passaporte na polícia federal (mó legal o sistema deles, finalmente tive orgulho dos impostos que pago), e comecei a procurar sobre o visto americano.

Tudo levava a crer que não daria tempo. A entrevista pro visto estava superlotada (na época o dólar estava perto de R$1,70, bem diferente dos R$2,50 de hoje em dia), e ainda tinha que se considerar o tempo de envio do mesmo pra minha casa e coisa e tal. Mas vamo que vamo. Se não desse nesse ano, pelo menos no outro daria de certeza.

Havia outro problema: a entrada na feira seria beeeem salgada: mais de 600 dólares. Pow, pra pagar tudo isso só pra entrar não valia a pena.

Mas beleza. Aproveitei que a empresa estava verificando a questão de vistos e viagens para os diretores, e embarquei nos rolos junto. Resultado: marcada a entrevista pro visto no Rio de Janeiro, numa data bem interessante. Isso pra mim e pro Sérgio Francês, outro empolgado pra viagens sem noção, que também estava interessado em ir.

Então marcamos a viagem pro Rio. Fomos de busão (santas 16 horas de viagem), pra voltar de avião.

Bate-e-volta no Rio de Janeiro? Que nada. Chegar na cidade maravilhosa sem fazer um tour é até um pecado. Fizemos o roteiro tradicional de turista: corcovado, cristo redentor, ipanema, copacabana, maracanã (Flamengo 0 x 3 Atlético Mineiro)...





Além disso pulei de asa delta (depois de de um bom desconto conseguido pelo Francês, que salta de parapente e conhece os caras de lá). E a coisa mais bizarra da viagem foi entrar no meio de uma parada gay em copacabana. Aff... De Florinanópolis para o Rio pra cair numa decadência daquelas. Quem tava empolgado era o Francês, que insistiu em ir lá ver. Eu hein.



Eis que chegou o dia da temida entrevista para o visto norte-americano. Depois de enfrentar literalmente 8 filas (tinha até fila pra entrar na fila), finalmente fui atendido. Com ar de ironia, o cara (com sotaque gringo) perguntou "Não entendi essa... O que um desenvolvedor de software vai fazer numa feira de radiologia?"... Blah... Tive que explicar todo o conceito de PACS, o que eu desenvolvo na empresa, porque é importante visitar a feira, blablabla... Resumindo, ele olhou com cara de que "tá bom fio, só tava vendo se tu gaguejava" e aprovou o meu visto.

De volta para Floripa, de volta para a rotina. Depois do trauma de ver uma parada gay (e ainda com um cara empolgado do meu lado, argh), nada melhor que umas linhas de código, uns requisitos impossíveis e uns clientes mimados. O de sempre.

Dei uma desanimada sobre a viagem pros EUA devido ao valor da entrada e da passagem. Era muita coisa. E eu já tinho gasto bastante no Rio, tanto devido ao visto (que tem tudo quanto é taxa) quanto ao turismo feito por lá. O French Guy também ficou meio desanimado.

Eis então que o Marco (sim, temos um Marco na empresa) me chamou pra ir com ele e um grupo de amigos pra Flórida, visitar os parques e fazer compras por lá. Ele já estava com a viagem em planos há tempos, e também tinha passado pelo stress do visto e coisa e tal. Pow, massa!!! Eles iriam 1 semana antes do que seria a feira em Chicago, e voltariam 1 dia antes do início da feira. Como eu já estava achando que não iria pra feira mesmo, boa, vamos pra Flórida!!!

E daí começou a peregrinação atrás de documentação, passagens, seguro etc.. E, quando eu menos esperava , surgiu a confirmação de que eu não precisaria pagar a entrada pra feira, pois uma empresa de lá (a TeraRecon) emitiu convites extras pra mim e pro Sérgio (os diretores já estavam convidados). Putz!!! E agora, será que rola ir pra Chicago?

Depois de um paitrocínio e um maetrocínio (eis uma das poucas vantagens em ter pais separados), decidi. Iria pra Flórida e depois pra Chicago. 15 dias em território estrangeiro. É hora de treinar o inglês: "Oh my f***ing God!!!"

(continua na parte 2)

domingo, 16 de novembro de 2008

Primeiras impressões de Tales of Symphonia: Dawn of the New World

Iow

Como todo nerd que se preze, eu sou fã de carteirinha de games do gênero estratégia e RPG. E toda vez que sai um game de um desses gêneros, sou obrigado a me informar, e se possível (e principalmente) jogar.

Quando li sobre Tales of Symphonia: Dawn of the World, o primeiro RPG decente para o Wii americano, fiquei entusiasmado. Maldito o dia que joguei Final Fantasy 7... Depois daquele dia minha vida gamística nunca mais foi a mesma.

Quando soube que Tales iria sair dia 11 de novembro, fiquei contando os dias. Há muito tempo que não faço isso com um game (com certeza farei isso de novo quando estiver na véspera de Starcraft 2 e Diablo 3). Enfim: a expectativa era imensa.



Beleza, chegou dia 11. Como bom brasileiro (que é explorado por impostos que vão parar no bolso dos políticos), eu na verdade não estava esperando o lançamento oficial, mas sim o "lançamento" via torrent. E no Pirate Bay só foi aparecer dia 13 (eu olhava todo dia, a todo instante). Saí do trabalho e fui pra casa pra colocar pra baixar no meio da tarde (isso, de fato, eu nunca tinha feito pra nenhum game).

Deu pra perceber o quanto eu esperava esse game. Quando finalmente pude jogar, na sexta-feira a noite, dia 14, descobri que todas as minhas pilhas e baterias pro controle do Wii estavam descarregadas. Que merda!!! Essa é a desvantagem dos controles sem fio. Maldita tecnologia... =P

Bom, o jeito foi colocar tudo pra carregar e esperar... Já que a ansiedade era grande, comecei a procurar por reviews na internet. E foi aí que me surpreendi.

A primeira vez que li sobre esse game foi na revista NGamer Brasil, uma revista 100% Nintendo. E lá eles deram nota 89 (a escala deles, um game com nota igual ou acima de 85 é excelente, obrigatório para qualquer gamer). Olhando em outros reviews, a nota foi bem pior. Por exemplo, no IGN, a nota foi 6,7, e o review só falou mal. No GameTrailers, a nota foi um pouquinho melhor, 7,9, mas não passa a euforia transmitida pela NGamer.

Ou seja, o único RPG decente pra Wii é uma bosta? E eu esperando todo esse tempo?

Mas reparei em uma coisa curiosa. A nota da crítica, que são os sites de review, é baixa; porém, a nota de quem joga, sempre é um notão. Olha a screenshot do site Gamespot:



Então dá pra se concluir que eu não sou o único que estava desesperadamente precisando de um RPG pro Wii. A crítica, acostumada com Final Fantasys da vida, detonou o game. Mas os jogadores adoraram.

Bom, quando finalmente eu consegui jogar, no sábado dia 15, foi uma alegria geral. De fato não é o melhor RPG de todos os tempos. De fato a história é linear. De fato os gráficos não são o forte (aliás, nenhum game de Wii tem como ponto forte os gráficos...). De fato poderia ser melhor. Mas, também de fato, era o que eu precisava. Um RPG com raízes em anime, com história longa e consistente, batalhas intensas e que requerem estratégia, evolução física e mental dos personagens... Que saudade disso tudo!!!

"Por que você não compra um outro console pra jogar RPG então?"... Bom, essa pergunta tem uma resposta fácil: XBox 360 eu não compro pois minha consiência não me permite dar dinheiro à Microsoft, e Play 3 ainda é difícil de piratear (quem tem um gravador de blu-ray aí?). Sobrou pro Wii, já que pra PC nunca sai RPGs desse estilo (atualmente só MMORPGs).

Resumindo: Tales of Symphonia: Dawn of the New World seria um péssimo game se houvessem outros RPGs do estilo pra Wii. Como não é o caso, é o que temos, então vamos jogar. Os gráficos dão a impressão de que o GameCube renderizaria sem problema, e a luta é estranha no começo, mas dá de acostumar. A história? Bem, eu vou zerar primeiro para depois fazer uma avaliação. Por enquanto está fluindo...

Té++

domingo, 2 de novembro de 2008

Wario Land: Shake It!

Iow

Ontem eu e minha namorada zeramos o game Wario Land: Shake It!. E ficou, como vários reviews já apontaram, aquele sentimento de "queria mais".



O game é bem cruel, principalmente com as pessoas que, como eu, são da geração 16 bits (Super Mario World, Donkey Kong Country, Sonic, Street Fighter 2, Mega Man X e lá vai pedrada). Para todo mundo que é dessa geração, ver um game side scrolling (também chamado de game "aventura em plataforma") nos dias de hoje já bate aquela nostalgia e um desejo incontrolável de pegar o game e jogar até os dedos ficarem roxos.

Vai ver que é por causa da expectativa dessa geração é que Wario Land: Shake It! não é um game 100%. Ele é muito curto.

O game é baseado em fases (dã) em 5 continentes, cada continente com 4 fases e um chefe. Após o 5º continente há um chefão final. Fim. Cada fase possui tesouros e objetivos que fazem você ficar nela por mais tempo que precisaria, mas há uma falta de objetivo. Encontrar todos os tesouros e completar todos os objetivos faz você ganhar o incrível bônus de ouvir a música da fase no menu multimídia que há fora da seleção do mapa. Uau.

Por que se explorava as fases no Super Mario World? Para encontrar vidas e caminhos alternativos que encurtavam a longa jornada até o castelo de Bowser. Por que se explorava as fases em Mega Man X? Para encontrar power-ups para o personagem principal, aumentando o poder destrutivo e facilitando a vida nos chefes (nada é tão orgásmico no mundo dos games side scrolling quanto encontrar uma parte da armadura do X pela primeira vez).



E por que se explora as fases do Wario Land: Shake It!? Por hábito. Não há nada de concreto que justifique explorar. Tanto que depois de um tempo bate aquele "ah, quer saber? Phoda-se... Vou direto pro chefe".

Se Wario tivesse algum power-up (soco mais forte, pulo mais alto, corações secretos, coisa do gênero), o game com certeza teria outra nota. Se as 12 fases secretas (pra que tanto?) não fossem secretas, ou seja, se o jogador tivesse que se esforçar um pouco mais para chegar no chefe final, também seria bem melhor.

De qualquer maneira, é de se reconhecer que o game é muito bem feito. Os gráficos são muito belos, os efeitos de luz são bem interessantes e a jogabilidade flui bem. Pena que ainda não dê pra dizer que seja tão bom quanto os games da geração 16 bits, no quesito diversão. É divertido sim, mas dura pouco.

Será que algum game conseguirá? Bom, temos o excelente exemplo de Mega Man X8: a união perfeita de gráficos e efeitos 3D com a jogabilidade 2D. Isso sem sacrificar a jogabilidade e a diversão. É só os desenvolvedores são serem afobados ;-).

Té++

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lançado o Ubuntu 8.10 - The Intrepid Ibex

Iow

Ontem e hoje os nerds de plantão no mundo todo se deliciaram com o lançamento da mais nova major release do Ubuntu: The Intrepid Ibex.

E como toda release, tem sempre algo que "vale a versão", ou seja, algo que por mais trivial que seja, deixa o usuário feliz da vida.

No meu caso foi o som. Na verdade o som é uma coisa que vem melhorando a cada versão. Mas pra mim a situalção era complicada: o Ubuntu não reconhecia o som 5.1 da minha placa mãe (somente as caixas da frente emitiam som), sendo que no Windows Vista tudo era reconhecido perfeitamente. Utilizando uma placa off-board de som (no meu caso uma Creative Audigy SE), o 5.1 era reconhecido no Ubuntu, mas a placa nem aparecia no Windows Vista.

Daí ficava naquele troca-troca de cabos. No Ubuntu eu colocava os cabos na placa off-board pra ouvir um som decente. No Vista eu trocava para poder jogar com som. Estressante.

Mas o Ubuntu 8.10, com o kernel 2.6.27-7, a minha placa de som on-board foi reconhecida corretamente, e só isso já "valeu a versão".

Fora isso, o The Intrepid Ibex traz várias melhorias em várias áreas. O NetworkManager ficou mais gerenciável, o Nautilus agora tem abas e uma nova view de ícones (a compacta), o controle de sessão ficou mais interessante e mais acessível, novo Gimp etc..

Duas coisas me chamaram bastante atenção. A primeira é a possibilidade de se gerar um "pen drive de inicialização", ou seja, não se precisa mais queimar CDs para distribuir o Ubuntu por aí. Dá pra mandar pro pen drive e instalar de lá.

A segunda é a nova versão do Compiz. Agora o cubo de desktops não necessariamente é um cubo:


(foto do meu desktop, em forma cilindrica)

Além disso, os efeitos de transição estão bem mais configuráveis. No efeito que queima a janela, por exemplo, eu posso facilmente dizer quantas particulas de fogo eu quero, a cor do fogo, se sai fumaça ou não, etc.. É muita frescura. Mas pede pro Windows fazer isso...

Instalei o Ubuntu 8.10 na versão 64 bits no meu PC e 32 bits no meu notebook. Ambos atualizando a partir da versão 8.04. Ambos instalaram rapidamente, e sem problema algum. Parabéns pro time do Ubuntu, eu cada vez mais adoro esse sistema =).

Té++

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

E eis que Code Geass chega ao fim

Iow

Quando há alguns meses atrás fiquei sabendo que o Code Geass teria somente duas temporadas, fiquei triste e um pouco revoltado. Putz!!! Uma série tão massa, acabar tão cedo!!! Que decepção!!!

Mas ao longo dos episódios eu fui vendo... Não tinha como não acabar agora. Talvez daria para emendar mais um ou dois episódios, trabalhando mais a história dos personagens secundários, mas do jeito que acabou, acabou bem.



A história de Zero (Lelouch) se desenrola de uma tal maneira que torna a série envolvente e viciante. Como ocorreu no final da primeira temporada, tudo começa a levar ao caos, e quem assiste começa a pensar "putz, como ele vai sair dessa?". E sempre há um jeito. E da forma mais massa possível =).

A coisa que mais intriga quem assiste ao Code Geass R2 é o fato de Zero começar a agir completamente diferente de quando ele estava a frente dos Black Knights. O que fez ele mudar tanto? Isso é resolvido no último episódio, de forma surpreendente e emocionante.

No último episódio também há a tão esperada batalha final entre Kallen e Susaku, em seus power Knightmare Frames. Tudo fazendo parte da surpresa reservada para o final.



O sentimento de assistir o último episódio de Code Geass é um misto de euforia, por ver um anime bem-feito acabar de forma soberba; tristeza, por saber que não terei mais esse anime para acompanhar; e já uma ponta de saudade. Fica um sentimento de "quero mais" também, porém se houvesse mais, com certeza seria uma história atropelada e sem sentido, como os fillers de Naruto.

Por falar em filler, é muito mais massa assistir um anime sem fillers. Talvez esse seja o ponto mais forte dessa série. Por ser curta (25 episódios em cada temporada), não teve fillers desgastantes e incômodos. Só ação e enredo coerentes, sem rodeios desnecessários.

É uma série que, como já disse, vai deixar saudades. Espero ver mais séries dessa qualidade por aí. Recomendo a todos os amantes de anime.



Té++

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

É menino ou menina doutor? (parte 2)

Iow

(Se você não leu a primeira parte, eis o link)

Tomara que essa história não tenha muitos capítulos...

Então, eu parei a história na quarta a noite, certo? Bem, o funk da noite mal dormida mudou de ritmo naquela noite. Ao invés de funk virou techno touch-touch:

Cof cof cof cof cof cof cof co-co-cof...

Tossi tanto que não entendi como não virei ao avesso...

Na quinta-feira...

Bom, quinta-feira foi um dia morno. Bem, 38°C é quente, então foi um dia quente. Figuei em casa o dia todo esperando o corpo tomar alguma providência contra o alien que estava dentro de mim. Acho que os anti-corpos estavam de férias (ou foram contratados sem concurso).

E da-lhe tosse e febre. Para o outro dia eu estava decidido: iria ver um pneumologista (sim, aquele que cuida dos pneus... O radiologista, que cuida do radiador, não encontrou nada mesmo...).

E da-lhe o techno dance bate-estaca da noite mal dormida:

Cof cof cof cof cof cof cof co-co-cof...

Na sexta-feira...

Acordei como se um caminhão carregado de caminhões carregados de ferro estivesse passado por cima de mim. Eu deixei o estado bostão e fui para o estado bostão-pisado, que é muito mais incômodo.

Marcamos uma consulta no pneumologista para o final da tarde. Tomei um banhão e fomos. Já no caminho a nóia espaço-temporal começou a tomar conta da minha mente. Naquele momento lembrei de uma música "Vamo se embora, noiar... Tossir cair e levantar, tossir cair e levantar...".

Chegando na clínica de pneumologia, uma escada gigante precisava ser escalada. Imaginei um cara com câncer de pulmão, bronquite, asma e gripe (tudo junto) subindo ali.

Ao chegar no topo da escada, a tradicional espera para ser atendido. Fiquei foleando aquelas revistas que dizem que comer casca de banana com rúcula frita é bom para o não atrofiamento dos músculos da perna esquerda.

Quando finalmente fui atendido, da-lhe descer as escadas (sim, para uma clínica de pneumologia faz todo o sentido). O médico esperava em sua sala. Rolou aquele papo cabeça de "o que você está sentido?", "cagou direito?", "merece presente do papai noel no fim do ano?" e coisas do gênero, até que ele pegou o meu primeiro raio-x (aquele que fiz na segunda-feira) e colocou no negatoscópio (esse treco é tão difícil de escrever quanto de falar).

Não foi preciso nem 3 segundos para o médico dizer o diagnóstico. "Ah, isso é pneumonia!!!". Blah!!! Quer dizer que os 3 patetas que me atenderam antes não conseguiram ver isso?

O raio-x estava bem ruimzinho, então ele pediu um novo raio-x, na clínica ao atravessar a rua. Melhor assim, desse jeito estarei mais perto do objetivo de ter asas. Fomos lá. Ele junto. Chegou botando ordem "Quero um raio-x de urgência para esse paciente aqui, e dane-se a fila". Massa.

Fui lá, fiz o raio-x, e na volta uma surpresa: o sistema de gestão de imagens daquela clínica era da Pixeon (empresa que eu trabalho)!!! Ou seja, eu fui atendido pelo software que eu mesmo ajudei a construir!!! Que orgulho!!! Fiquei até melhor naquela hora. Quando chegou o raio-x manipulado pelo PixViewer e impresso pelo PixPrint eu pensei "ô coisinha tão bunitinha do pai...". =)

E com a incrível e incomparável qualidade alcançada na manipulação e impressão do raio-x, o médico pode então dizer "é, fodeu...". Os meus pulmões estavam brancos, completamente tomados pela pneumonia. Então ele deu a sentença de morte: "Bom, eu enterrava..." Que??? Enterrava? Já tô morto?

Eu tava tão baratinado pelo resultado que já estava até entendendo tudo errado. "Bom, eu internava..." foi o que ele disse. Pegou o celular, ligou para uma meia dúzia de fulanos, e conseguiu uma vaga num hospital. "E lá vamos nós"... No taxi eu estava um completo zumbi: não vi o caminho, não vi o motorista, não vi o taxi, não vi nem eu. É isso o que geralmente acontece quando se fecha os olhos.

Chegando no hospital, começa a verdadeira saga. No caminho pensei "tomara que seja um daqueles hospitais maneiros que eles utilizam video-game para a melhor recuperação dos pacientes". E logo na entrada dizia um aviso "Esse hospital é 100% mantido com recursos do governo estadual, e qualquer cobrança é ilegal". Video-game? Ha... Era perigoso não ter nem soro...

Fui atendido pela médica de plantão (que não seria a minha médica). Aquelas tradicionais perguntas foram feitas "Desde quando tá tossindo? Qual foi o pico da febre? Como você aguentou passar as 100 salas do Super Paper Mario?" etc.. Depois da entrevista, voltei para a recepção.

Depois de literalmente 2 horas de espera para a internação de urgência, chega um cara com uma cadeira de rodas para me levar. O cara devia ser estivador ou algo assim: me senti uma carga sendo transportada. Dava vontade de levantar uma mão pra cima e gritar "seguuuuuuuuura peão!!!".

Inicialmente eu deveria fazer outro raio-x (yes! mais radiação!), pois o super raio-x extreme power plus impresso com o melhor software mundial na área ficou na clínica para ser laudado. E lá foi o estivador me levar para a sala de raio-x do hospital.

E espera... espera... espera... Fiquei lá tomando um refrescante vento sul nas costas. A minha mais grossa blusa não estava dando conta. Depois de literalmente meia hora, o estivador volta e diz que o técnico não estava lá (sério?) e que iria me levar direto pro quarto. Naturalmente, minha mãe e minha namorada soltaram o verbo. O estivador, mais do que depressa (como se já tivesse um discurso decorado na frente do espelho), se defendeu: "Não é culpa minha, eu não me responsabilizo pela falha dos outros, eu assumo o que eu faço mas não a falha dos outros, se quiser reclamar reclama com o cara e não comigo, pois não é culpa minha, eu não me responsabilizo pela (loop infinito)". E ele foi reclamando até chegarmos no quarto.

Chegando lá, surpresa (sim, é um hospital kinder ovo): a minha cama era a segunda de três (ou seja, ficava no meio), a minha direita um cara algemado na cama e a minha esquerda um senhor que não ouvia nada. A minha cama não tinha o tradicional degrau pra subir, eu tive que dar um duplo twist carpado para chegar no colchão. Uma TV pegando mal estava sobre a minha mesa de comida. Bom, pelo menos tinha uma TV, pois os outros quartos não tinham.

Assim que tirei os tênis para então deitar, chegou um outro enfermeiro com um sorrisão na cara "E aí, vamos tirar um raio-x?". Tá me zoando né? "E lá vamos nós...". Pelo menos esse não era estivador.

Chegando novamente na frente da sala de raio-x, uma nova espera. Mas não demorou muito um cara, de dentro, abriu. Se não fosse um hospital eu diria que ele estava ali tirando férias: camisetona estilo largadão, cara de sono, tênis sujo... Entrei.

E adivinha... surpresa!!! Eu nunca tinha visto um raio-x de madeira antes. A sala era grande, com 2 raio-x, mas um deles estava com plásticos por cima e um puta cartaz "Aparelho com defeito - não utilizar" por cima. Tinha mais algumas coisas bizarras encostadas também. Parecia mais um depósito do que uma sala de raio-x.

E com a maior vontade do mundo, o cara fez os procedimentos para o exame. "Encosta... Inspira... Segura... Pode respirar...". Dada a idade do aparelho, acredito que emitia mais radiação do que o normal. Oba!!! Dependendo eu posso até gerar 2 pares de asas.

Saindo do exame, de volta para o quarto. O enfermeiro pede então que eu leve a chapa e uns papéis, pois ele levava a cadeira com uma mão e a outra mão segurava um radinho a pilha que transmitia o jogo de Avaí e sei-lá-quem. No meio do caminho ele parou, me deixou no corredor tomando um refrescante vento sul para pegar uns papéis (mais coisa pra eu segurar...) e depois voltou. Pelo menos foi rápido.

De volta ao quarto, hora de ser furado. Pegaram meu braço, tacaram uma agulha e da-lhe levar soro. Cheguei a tomar dois soros ao mesmo tempo. Devia ser um para cada pulmão, sei lá. Como não tinha lugar para ficar lá, minha mãe não pôde ficar. Imagino como seria se ainda por cima não fosse pela Unimed...

Depois de tomar tanto soro, bateu aquela vontade de ir ao banheiro. E na porta do mesmo, um cartaz: "O hospital não se responsabiliza pela perda ou furto dos bens dos pacientes". É, para ter um aviso desses, deve ser comum ser assaltado por ali. E eu lá, do lado de um cara algemado. Tava bem na foto.

Depois do xixizão, chega um enfermeiro "Preciso tirar sangue para fazer exame, e preciso também fazer um exame de urina..." Curses... Justo quando eu havia acabado de ir ao banheiro. Foi como tirar água de pedra. Mais uma vez o treinamento extensivo e exaustivo nas montanhas apucaranenses me ajudou.

Como eu não tinha mesinha, o enfermeiro manipulou o meu precioso sangue ali em cima do criado mesmo, com as minhas revistas por baixo. Sorte que não pingou.

Depois chegou outro enfermeiro e ligou um treco amarelo na minha veia. Diz a lenda que era antibiótico, mas vai que o hospital é adepto de tratamentos alternativos como a urinoterapia? Nunca se sabe.

E assim acabou a noite. Eu na cama estranha, vendo TV completamente xiada e distorcida, com um cara algemado do lado e o braço imobilizado pela veia furada. Não teve música da noite mal dormida, pois eu não dormi.

No sábado...

Quando eu finalmente consegui tirar uma soneca, fui acordado por um trem passando no corredor. Era troca de turno. Era um tal de carrinho passando pra cá, cadeira de rodas passando pra lá, gente rindo e jogando papo fora (aliás, um tal de Juca comeu a Rosângela, e a Maria tava com um cabelo horrível).

A velinha que acompanhava o velinho surdo perguntou "E então? Dormiu bem né? Nem te ouvi tussir. A sua mãe pediu pra eu ficar de olho em você". Tava bem arranjado. Eu não dormi e tossi até quase quebrar a cama. Com um sorriso amarelo respondi "É, dormi bem...".

Oito horas, hora do café da manhã. Chega a mulher com a gororoba e pergunta "Nossa, não te deram travesseiro?". Eu não durmo com travesseiro (sim, eu sou esquisito). E comi o pão com geléia de sei-lá-o-que (sério, não consegui descobrir do que era aquela geléia) todo torto em cima do criado.

As horas passam, alguns efermeiros vem para trocar o soro, "Nossa, cadê seu travesseiro?", e chega as 11 horas. Hora do almoço. Putz!!! Almoço as 11? Argh...

E foi assim que vi a coisa cuja palavra "gororoba" define melhor. Um treco amarelo com pontos verdes, com fiapos saindo pro lado. Comi só o arroz e o caldo de feijão (parecia o feijão chuá-chuá-plim-plim do RU) e fiquei na minha. Eu hein. Vai que aquele treco cria vida e pula no meu pescoço?

Duas horas. Hora de visita. Um alívio para o tormento que é estar internado. As visitas do velinho surdo olhavam pra mim e perguntavam do meu travesseiro. Depois perguntavam o que eu tinha. Blah.

Cinco horas. Hora da janta. PQP!!! Como é que é possível algúem jantar a essa hora? Pelo menos a gororoba não se fazia mais presente. Comi bem.

De tempos em tempos o vigia do cara algemado trocava de lugar com outro (descobri depois que o nome do cara era Lindomar... Seus pais não tiveram dó). Numa dessa trocas puxei papo com um dos vigias, que até acabou me emprestando umas revistas pra ler. Foi aí que descobri que o garotão lá estava preso por duplo homicídio e estupro presumido. Massa. E eu com uma dupla pneumonia e uma tosse presumida.

Chega a noite. Hora de Zorra Total. Argh. É inacreditável como é possível assistir um programa supostamente humorístico, do começo ao fim, sem sentir a menor vontade de rir. É muito ruim. Até a minha tosse era mais engraçada.

No domingo...

Novamente o trem da madrugada me acorda. O dia é normal: lendo as mesmas revistas, tomando os mesmos bagulhos coloridos na veia, vendo os programas terríveis da programação de domingo, respondendo que não uso travesseiro etc.. Pelo menos, segundo uma das enfermeiras que perguntou do travesseiro, a minha temperatura corporal voltara à temperatura normal de um ser humano normal. A temperatura de um nerd será que é normal? Aliás, "voltara"... Quando eu pensei que iria um dia usar esse tempo verbal na minha vida? Uau...

Pela primeira vez também consegui dormir mal. Antes eu não estava dormindo. Já é um avanço.

Na segunda-feira...

Piuííííííí!!! Lá vai o trem. O dia começa com Ana Maria Braga e o Mais Você. Emocionante. O pior era ver aquelas carnes e pratos sofisticados e lembrar da gororoba assassina.

Depois do cafézão, chega a turma de estagiárias de enfermagem para medir pressão, medir temperatura, perguntar se dormiu bem, perguntar por que não uso travesseiro etc.. Antes que você pense, não, as gurias que me atenderam eram todas dracônicas. Para onde vão as gurias que vemos no campus? Sad.

Bonito era a chefe das estagiárias tentando me convencer de tomar banho de manhã. Pow, de manhã tá frio!!! Todos os dias eu vinha tomando banho durante o período de visitas, que é para ter ajuda profissional da namorada. Mas tomar banho de manhã? Blah. Tive que perguntar "Tá, me explica o porquê científico, ou seja, não cultural, de se tomar banho agora, dado que durante a tarde a temperatura é mais agradável e eu ainda posso contar com a visita?", com esses termos. Bom, ela baixou a crina e não respondeu. Pelo menos parou de encher a minha paciência.

Almoço das 11. O temor da gororoba assassina não se confirma. Ufa. Aliás até tinha um franguinho bom. O melhor era a gelatina.

O resto do dia foi aquela normalidade. Sessão da tarde, troca de soro, "É que eu não uso travesseiro", e saiu Wario Land Shake It!.

Já me sentia melhor, a ponto de começar a ter esperanças de sair logo.

Na terça-feira...

O trem passa. Parece que o Juca não comeu mais a Rosângela. Acho que a Maria deve ter tingido o cabelo, pois ninguém falou mais nada.

Chega o time de estagiárias. Hora de trocar o meu barulho-que-fura-a-veia-pra-passar-soro, que era o mesmo desde quando eu internei. Primeiro, aquela depilação básica, pois havia trocentos esparadrapos segurando o aparato. Depois começou a caça ao tesouro. As duas novatas tentavam furar a veia, e erravam "Putz, não deu, vamo de novo...". E eu lá. "Isso, traciona, agora vai!!!" E não ía. Meu braço já parecia uma peneira. "Pera, já sei... Lembra, tem que puxar aqui, daí fica mais fácil. Vamo lá!!!". E nada. Eu já estava verde.

Daí chegou a chefe, a mesma que queria que eu tomasse banho de manhã (aliás, tentou me convencer de novo, mas com menos afinco), pegou a agulha das mãos das novatas, pegou meu outro braço, e com autoridade mostrou "Ó gente, é assim!". E pá. Doeu, mas pelo menos foi uma vez só. E o meu braço todo picado dói até hoje.

E agora era esperar a médica passar pra dizer se eu iria ter alta ou não. Antes, mais um exame de raio-x. Yeeeess!!! Meu plano de ter asas cada vez se torna mais realidade. Dessa vez fui andando, e quem atendeu foi uma mulher mais bem disposa.

Chega o horário de visita, e uma surpresa boa. O povo do trabalho foi me visitar. Até me levaram os tradicionais cookies vespertinos. Dei uma animada. Sorte que pelo menos eles não levaram bugs pra eu resolver. =P

Depois do horário, a angústia da espera pela médica. 4 horas e nada. 5 horas e nada (só a janta). 6 horas e nada. Chega a noite. E nada. Pow, será que ela me esqueceu? Pow, melhor nem citar isso que periga passar "Esqueceram de mim" pela primeira vez na televisão na sessão da tarde.

Dá 10 horas da noite e ela chega. Finalmente. "Ah, era pra você ter alta hoje, mas como já está tarde e não pude analisar o raio-x, eu te dou alta amanhã". Valeu.

E fui dormir com a ansiedade de querer sair logo. Ou seja, nem dormi.

Na quarta-feira...

Passa o trem. Chega o time de enfermeiras. Respondi positivamente a todas as perguntas. Queria sair logo. Segurava a agora rara tosse pra tossir embaixo das cobertas. Chega, não aguentava mais.

Chega o almoço das 11 horas. Gororoba nunca mais, pelo menos. Chega o horário político. Eu já tinha até decorado a ordem dos vereadores.

A médica só resolve aparecer perto das 4 da tarde. Pelo menos não foi a noite, como no dia anterior. Resultado: altaaaaaaaaaaaaa!!! Aleluia.

Eu nem me troquei direito. Saí correndo daquele lugar. O velinho surdo tinha saído um dia antes e dado lugar para um cara com mais de 50 anos de cigarro. O cara não conseguia respirar. Angustiante. Dava dó, mas também não tinha como não falar "bem-feito, quem mandou?". O preso continuou lá. Ele tinha algum tipo de infiltração no pulmão, adiquirida na prisão.

Chegando em casa tomei um banhão e fiz a barba. Eu tava quase um parente do Lula.

A tosse ainda persiste e vou ter que ficar de respouso por mais uns dias. Pelo menos, agora, com direito a comidinha da mamãe. E a Wii, claro.

Té++

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

É menino ou menina doutor?

Iow

Vou começar a história do começo:

Sexta-feira, aquele dia perfeito (fora o detalhe da aula de dança), saí mais cedo do trabalho (na verdade saí no horário que deveria sair todo dia, pra não fazer hora extra), fui pra casa pensando "massa, nesse final de semana vou colocar os trocentos animes em dia".

Comecei a baixar o tradicional Naruto e o desconhecido Code Geass. Nossa, somando os dois estou quase 50 capítulos atrasado! Vou precisar de tempo.

E da-lhe aula de dança... Blah.

Na volta, da-lhe anime. A emoção de baixar a 350KB/s é maior que a de assistir depois =P. Conforme baixei alguns, comecei a assistir. E assim foi durante a madrugada.

Era 5 e alguma coisa da manhã quando fui dormir. "Amanhã eu acabo de assistir"...

No outro dia... er, quer dizer, mais tarde no mesmo dia...

Acordo com frio. Não que não estivesse frio, mas eu estava realmente tremendo. Fico na cama um bocado enrolando pra levantar. Quando resolvo, saio correndo pro chuveiro quente. Wooooaaa, como diria o Rogério Ceni, dei uma "bambeada" (vertigem), mas tomei o banho tranquilo. Na saída, putz, que frio!!! Será que está 0°C lá fora?

Chega a namorada, coloca a mão na minha testa (eu embaixo das cobertas), e exclama "ué, parece que você está com febre...?". Pegou o termômetro e me entregou (eu estava na forma de montanha de pano em cima da cama). Depois dos minutos necessários para a medição, surpresa!!! Estava com 40°C !!!

Pronto. Minha namorada, que faz farmácia, já foi pegando o remédio que tem a substância X que faz o efeito Y num tempo Z que abaixa a febre. Urgh, treco amargo. Bom, devido ao frio eu ainda não tinha comido. Vou lá pra mesa... No caminho, uma festa rave se faz na minha cabeça, perco a noção do tempo, espaço, "bambeio" de novo e corro pro sofá me jogar. Parecia pra lá de Bagdá. Resultado, comi a comida deitado. É terrível.

"Bom, deve ser alguma bichisse passageira", pensei. Depois de mais doses de coisas bizarras, que baixaram a febre para 38°C (minha sina), fui dormir.

É, tentar dormir depois de passar o dia todo tremendo embaixo das cobertas é uma tarefa bem difícil. Ainda mais dormindo as 23h30min, considerando que no "dia anterior" eu fui dormir as 5 e hadouken...

E rola daqui, e rola de lá, e treme daqui e treme de lá... Talvez daria um funk de mal gosto...

Depois de muito tempo, mas muito tempo, mas muito tempo mesmo (tipo data de lançamento do carro voador), eu consegui dormir...

No outro dia...

Acordo sorridente: olá mundo, olá céu, olá sol, olá passarinhos, olá febre de 39,5°C, olá remédio ruim pra ca%@#!...

Como febre não baixava nem com saravá, fui levemente convencido a ir para o pronto-socorro... Pegamos carona com um casal amigo nosso e fomos ao NAS, o Núclo de Atendimento a Saúde (é como um pronto-socorro da Unimed).

Durante a longa viagem até o centro, fui pensando: "Pronto, agora vou ficar internado por 715 dias e a pilha de animes vai crescer ainda mais... Blah...".

E assim começou as bizarrices. Estava com a maior tontura (o-hoo mano, mó viagem), mas a minha pressão estava rigorosamente normal. A minha temperatura, como diz a sina, 38°C (depois do remédio........).

Chegando pro médico, expliquei... quer dizer, minha namorada saiu explicando (melhor assim, afinal ela é da área), que eu não tinha tosse, não tinha dores, não tinha nada... Só febre e vertigem. Então o médico olhou com aquela cara de ponto de interrogação e disse "Nessas horas a gente é obrigado a dizer: você tem uma virose. Continue tomando o remédio caso a febre subir."

"Ué, não precisei ficar internado? Yahoo!!!... Quer dizer, Google!!!!"

Saindo do NAS, fui para um compromisso firmado há várias semanas atrás: um churrasco com amigos de turma da namorada. Ao chegar, cumprimentei 2 pessoas e a entrada para a outra dimensão começou... Argh, vertigem de novo!!! Saí correndo para um sofá que existia no recinto. Pelo menos deu tempo... Ufa! =)

Durante o churrasco acabei comendo muito pouco. Mas o ponto alto foi quando ligaram o Wii. Eu não podia ficar em pé, portanto só jogava games "sentáveis", como Mario Kart. Durante os games eu de certa forma esquecia dos 38 de febre =D.

O dia acabou com a febre subindo e o remédio detonando minhas papilas gustativas. E lá vai o funk da noite mal dormida...

E rola daqui, e rola de lá, e treme daqui e treme de lá...

Na segunda-feira...

Depois de dar aquela tremida massa embaixo das cobertas, tive que sair para o lendário, quase sagrado, PriXiDi... PriXiDi? Sim, o Primeiro Xixizão do Dia... E lá fui eu pro banheiro.

Daí estou eu manobrando o dito cujo, quando começo a pirar na batatinha de novo. Maldita tontura. Com muita destreza (adquirida ao longo de severos treinos nas montanhas apucaranenses), interrompi o PriXiDi, fiz a manobra final do dito cujo, e saí em disparada para o quarto, me jogar na cama. O mundo girava, girava, girava........

De repente eu estava jogando Spore, dominando uma galaxia que fazia tempo que eu queria dominar. Malditos aliens!!! Tomem o meu super ultra míssel de anti-matéria e virem pó, lesmas do espaço!!! Muahahahahahaha!!! Ótimo, agora vou voltar para o meu planeta natal para reabastecer as energias da minha nave... A atmosfera do meu planeta é tão calma, tão calma, tão calma...

Filho!!! Filho!!! Acorda!!!

Eu estava no chão, do lado da cama, com a minha mãe e minha namorada desesperadas tentando me acordar. Então eu, calmamente, disse "Ãh? O que eu to fazendo aqui?"

"Você desmaiou antes de chegar na cama!!!"... Foi aí que reparei que a minhas canelas estavam doendo pra caramba. "Pensei que eu tinha conseguido chegar... Blah".

Depois de algum tempo recobrando os sentidos (Atenaaaaa!!! Deixe-me alcançar o sétimo sentido!!!), voltei pra cama. "Vamos pro médico agora!!!" as duas disseram. Não discordei, afinal alguém aí já tentou contrariar duas mulheres ao mesmo tempo? Não estava com stamina suficiente para aguentar a batalha, então concordei.

E da-lhe medir a pressão: normal. E da-lhe medir a temperatura: normal (ou seja, 38°C). Ao chegar o médico, ele pediu um exame super-homem (de Raios-X) do peito e da face, além de um exame de sangue. Detalhe, nesse dia eu começava a ter uma leve tosse besta.

E as bizarrices seguem: raio-x normal e o exame de sangue estranho, como todo exame de um thalassêmico é (a Thalassemia é uma doença de macho que aumenta a masculinidade, pois reduz a taxa de ferro no sangue, pois as hemácias são bombadas). Segue a medicação que eu já estava tomando.

Chegando em casa, fui tomar um banho morno, pra baixar (ou tentar baixar) a febre. Morno? Que água gelada...!!! Fiquei um tempo no chuveiro, e então ativei a thalassemia máscula e coloquei o chuveiro no gelado... O-hoo!!! Fiquei dançando Macarena com YMCA com Staying Alive pra ver se me esquentava...

Saí do banho legalzão. Era um novo homem. Estava determinado a trabalhar e inventar o melhor software de todos os tempos no dia seguinte... Até que meia hora depois, minha temperatura voltou ao normal (38°C) e eu voltei ao estado bostão.

E mais uma vez o dia acabou com a febre subindo e o remédio detonando minhas papilas gustativas. E lá vai o funk da noite mal dormida...

E rola daqui, e rola de lá, e treme daqui e treme de lá...

Na terça-feira...

Acordei completamente ensopado na cama. WTF? E isso me dava mais frio ainda... Não consegui entender o por que de estar ensopado, já que toda hora eu estava com frio. Comecei a ensaiar melhor a minha tosse também.

O dia foi normal: febre sobe, da-lhe remédio, febre cai, tosse um pouquinho...

E dessa vez o funk da noite mal dormida ganhou mais letra:

E rola daqui, e rola de lá, e treme daqui e treme de lá, dá uma tossidinha, e dá uma suadinha...

Na quarta-feira:

Bom *cof cof*, para uma *cof cof* média de *cof cof* 2 palavras *cof cof* eu dava *cof cof* 2 tossidas *cof cof*.

Acordei novamente ensopado. Mais que no dia anterior, aliás. E a febre lá, legalzona no piso de 38°C.

Fui ao banheiro realizar o ritual do PriXiDi. Notei que a viagem interespacial estava se tornando mais fraca: já conseguia ficar em pé de boa. Pelo menos isso. Mas algo estava diferente: a urina estava indo para o dark side, estava bem avermelhada. Achei aquilo alguma reação do remédio ruim pra dedéu, nem dei muita bola. Daí comentei com a dupla dinâmica. Foi a mesma coisa que um árabe gritar que tem uma bomba num avião em pleno vôo.

"Toma um banho, se troca, vamos pro médico!!!"... Blah...

Tomei um banho para tirar o infâme suor, e lá vamos nós...

Durante a viagem, comecei a suar, a suar, sentir um calorão... Todos estavam de blusa no taxi, e eu lá trás dançando "Like a Virgin" e fazendo streap-tease... Estava só de camisetinha e me abanando...

Ao chegar no NAS, tive a horrível sensação de que as atendentes falaram entre si "Shiii... esse aí DE NOVO?"... Blah...

E da-lhe medir pressão: normal. Da-lhe medir temperatura: 35,5°C. O QUÊ???????? Agora to com hipotermia???? Isso explica o suador e a minha dança sexy.

Ao entrar no consultório do médico, o legalzão já zoou "É, você tá com tosse..." (minha média de tossidas não mudara). Deu vontade de soltar aquela tosca e antiguíssima piada, inventada quando a primeira molécula tossiu: "Sim, ensaiei a noite toda...". Mas me segurei, afinal, eu precisava do diagnóstico dele.

E fui fazer outro exame de raios-x (quanto mais radiação melhor, meu objetivo é ter asas), um exame de urina pra descobrir porque a Princesa Uréia foi seduzida pelo dark side, e a tomada de medicação na veia e depois inalação. Nunca tinha feito inalação antes. Me senti o Darth Vader (só que tossindo).

Depois do resultado dos exames (o de urina foi para o CMV-F, o Centro de Mijo Vermelho de Florianópolis, que fica lá depois de sei lá onde, e demorou um bocado), o diagnóstico: 1- Não foi dessa vez que criei asas; 2- o raio-x está normal; 3- a urina está vermelha pois há sangue nela...

Oops... Sangue nela? Argh... Agora a coisa ficou séria...

Recomendação: ir a um urologista... E como no desenho do pica-pau, "E lá vamos nós!!!".

Chegando no urologista, ele pediu um ultrassom do aparêlho de som wi-fi surround 5.1 urinário. E lá fui eu pro NAS, de novo. Sorte que era perto.

Antes de fazer o ultrassom da bexiga, é necessário tomar muita, muita água. Quando eu estava no vigésimo copo, ouço a atendente falando para outra paciente "5 a 6 copos já bastam". Ugh!!!

E fiquei lá, fazendo aquele ritual xamã de não-mijação-nas-calças. Novamente os longos e severos treinos nas montanhas apucaranenses me salvaram. Fui para a sala do ultrassom.

Primeiro de tudo a mulher levanta minha camiseta e baixa um pouco minhas calças. Cuidado que eu sou caliente hein! (afinal, sempre em 38°C...). Daí chegou um senhor grisálho com cara de papai noel fazendo bico fora de época, tacou uma gosma gelada na minha barriga, e começou o exame. Não foi a coisa mais agradável que já fiz na vida...

No final do exame, perguntei: "É menino ou menina doutor?". Vocês já repararam que é extremamente difícil um médico ter senso de humor? O que será que eles comem?

Depois do exame, fui para o banheiro e fiquei lá dando vazão à catarata contida. Após alguns vários minutos, fiquei na recepção esperando o resultado do exame, e lendo aquelas revistas médicas legais pra caramba.

Recebido o resultado, "E lá vamos nós" de volta para o futur... de volta para o urologista. E, pra variar, o resultado estava normal. Como é possível eu estar todo cagado por dentro e ainda assim estar normal? Tão querendo dizer que o meu normal é estar cagado!!!???

Daí veio a bomba. Será necessário realizar 2 exames. Um exame de urina mais criterioso, que envolve coletar material por 3 dias, dar 2 voltas no sentido horário com um pé só e comer 3 pratos de trigo de três tigres trites; e um exame que compreende um dos pesadelos mais antigos do homem: enfiar um canudinho na uretra para filmar o percurso até a bexiga. Sim, poderia ser pior, ainda bem que foi pela frente. Mas mesmo assim... Argh...!!!

Bom, saí na esperança de que só o exame hardcore de urina fosse suficiente... Mas tudo indica que o outro exame (o medo me faz esquecer o seu nome) será realizado antes, pois há mais vagas para isso. Nãããããão!!!

Como já passara das 18h, nada mais poderia ser marcado. Fica tudo para o dia seguinte.

E assim voltamos para casa. Pela primeira vez em vários dias fiquei sem febre... Até chegar a noite. Voltei à minha temperatura normal (38°C)... Blah...

Tomei um banho, jantei, e resolvi escrever essa história. Inacabada, sim, mas não há nada que melhor prenda o público do que o suspense sobre o final de um enredo.

E agora? Da onde vem a febre? Por que a tosse? Que a tosse tem a ver com o dito cujo lá embaixo? Aliás, por que ele quis "se meter" na história? E a vertigem com pressão normal? Serei uma abominação? Não percam a continuação dessa incrível história, assim que eu conseguir escrever mais =D

Té++

(E hoje, como será o funk da noite mal dormida?)


Continua na parte 2.

sábado, 6 de setembro de 2008

Mais uma batalha entre Windows e Linux: qual tem o desktop mais "fresco"?

Iow

Como eu disse no meu post anterior, troquei de PC e instalei Ubuntu 8.04 e Windows Vista nos meus HDs. E aí começou a disputa: qual sistema pode deixar o desktop mais "fresco"?

O Windows Vista é tido como cheio de efeitos gráficos, e até criticado por ser mais pesado, consumir mais RAM e coisa do gênero, comparado com o seu antecessor, o Windows XP. Após a intalação de drivers de vídeo e a seleção do tema "Aero" para renderizar as janelas, a interface fica bem interessante, com efeitos de transparência, blur, fades etc. Sim sem contar o glamuroso super+tab, o substitudo 3D do tradicional alt+tab.

O Windows Vista também estréia os Gagets, que são mini-aplicações que rodam no desktop com várias finalidades, como mostrar o relógio analógico, condição do tempo (clima) etc..



O Windows fica só nisso. No Ubuntu, porém, os efeitos são muito mais interessantes e customizáveis. Após a instalação dos drivers de vídeo e a configuração para habilitar os efeitos de desktop, o Compiz faz juz a fama. A começar pelo cubo, onde cada face é um desktop. Feche uma janela e ela queima, ou explode, por exemplo. Abra uma janela e ela é materializada na sua frente. Aperte o super+tab e humilhe o 3Dzinho do Windows. É tanta coisa que dá pra fazer no Compiz que um post só não é suficiente.

A engine de gagets (também chamados de desklets ou screenlets) já existe no Ubuntu faz muito tempo, e é bem mais ampla e customizável do que no Windows.

Eis uma foto do meu desktop (na janela ali está a página do Blogger, na tela de edição desse post):



Para ilustrar melhor o que estou dizendo, veja esse vídeo no YouTube. (Obs.: a engine utilizada no Ubuntu do vídeo não é o Compiz, mas os efeitos são os mesmos).

Se for para dar uma nota comparativa de 0 a 10 para Vista e o Ubuntu, eu daria 1 pro Windows e 1.000 para o Ubuntu. =)

Té++

64 Bits: Use com moderação

Iow

Recentemente troquei de computador, e peguei um com os HDs zerados. Então fui lá instalar os sistemas operacionais: Windows Vista x64 (para games) e Ubuntu 8.04 x64 (para todas as outras coisas).

Depois de alguns problemas naturais com partições, sistemas de arquivo e coisa e tal, instalei os benditos. Lindo. Agora é hora de usar.

Quem usa Linux já está habituado a ver vários programas interessantes que só existem para Windows, e ficar chupando o dedo esperando uma versão para o sistema open-source. Mas pra quem usa Linux 64 bits é pior ainda: vários aplicativos que "aleluiamente" existem para Linux, só existem na versão 32 bits.

Exemplos: uma das primeiras coisas que se faz ao instalar um sistema operacional é instalar drivers, plug-ins e codecs para o mesmo, para que a usabilidade depois fique tranquila. Pois bem. No Firefox, o plug-in da Adobe para Flash só existe em 32 bits. Não é instalável no Firefox 64. Outro exemplo: o Java plug-in, que é o plug-in utilizado pelos browsers para rodar applets Java, não vem na instalação da JRE 64 bits disponibilizada pela Sun (aliás, decepcionante hein Sun?).

Em outras palavras, vídeos em Flash como os do YouTube e applets como o teclado virtual do Banco do Brasil não são carregados!

E isso é só pra começar a conversa. Se falarmos de outros programas e drivers, o problema é bem grave. Aqui vemos como é importante a independência de plataforma conseguida pelos aplicativos feitos em Java (não applets), como o cliente P2P Vuze (antigo Azureus).

Então, quem se aventura no mundo do Linux 64 bits tem que ter sempre 3 pulgas atrás da orelha ao procurar por um programa:
  1. Será que tem para Linux?
  2. Será que roda na minha distribuição?
  3. Será que tem para 64 bits?
Soluções:

No caso do plug-in da Adobe, há um jeito de encapsular o plug-in 32 bits com um wrapper 64 bits, "enganando" o Firefox e rodando tudo beleza. Esse wrapper se chama nspluginwrapper, e instruções podem ser vistas aqui.

No caso do Java plug-in, eu não pesquisei muito a respeito. Quando preciso de alguma coisa que usaria esse plug-in, acesso do meu notebook, que tem Ubuntu 32 bits. Mas até onde vi, é necessário fazer um xunxo bem mais complicado do que para o Flash.

Resumindo:

Como disse o filósofo, "Se existisse somente um sistema operacional no mundo, tudo seria mais fácil e a humanidade estaria em outro patamar de evolução". Não sei se concordo 100%, mas é algo a se pensar.

Té++

domingo, 17 de agosto de 2008

Ser ousado ou não ser, eis a questão...

Iow

Essa semana eu fiquei pensando sobre o que é ser ousado. Muita gente se diz ousada, muita empresa diz querer funcionários ousados, a ousadia é muitas vezes falada como algo bem positivo e coisa e tal.

Mas a verdade é que ninguém gosta de gente ousada.

"Por quê?" você me pergunta. Bom, vamos então à definição de ousadia. No dicionário:

Ousadia, substantivo feminino:

1. atrevimento
2. audácia
3. coragem
4. galhardia

Ser ousado é incomodar. É tirar as pessoas das suas zonas de conforto. É dizer, fazer e pensar o imprevisto. Ou mesmo o previsto, mas improvável.

Ser ousado é ser verdadeiro. Um "super sincero" é ousado: ele diz o que pensa. Ser ousado é ter coragem de seguir seu próprio dogma, é não aceitar ser um "maria vai-com-as-outras".

Ser ousado é não fumar pra ser aceito no grupo, é não comer carne por não concordar sobre como os animais são tratados, é não dizer amém para aquilo que considere deturpado, é insistir na pergunta se não se obteve resposta.

Não adianta ser ousado só da boca pra fora. A ousadia tem que ser completa: não adianta falar e depois não cumprir. Mas ousadia não é sinônimo de teimosia. Faz parte da ousadia reconhecer um erro perante todos, pois isso é inesperado.

Niniguém gosta de gente ousada. O que o patrão espera é não ser questionado, o que o sistema espera é pessoas como gado, o que o mundo espera é mão de obra. Ser ousado é quebrar barreiras, e aturar as consequências.

Pra resumir, ser ousado é agir como se pensa, exercer o verdadeiro livre arbítrio. Ser ousado é ser você, sem se importar com o que o mundo pensa disso.

Pra você ver se você é ousado, faça o seguinte execício: durante o dia, verifique quantas vezes você pensa "eu não concordo com isso, mas estou fazendo". Quanto mais vezes você for pego pensando assim, menos ousado se é. Isso vale pra qualquer coisa, desde furar o sinal vermelho até ficar quieto quando o patrão chega atrasado (se ele cobra o horário de você).

"Nossa, se eu falar isso pro patrão eu to na rua no mesmo instante..."
Bom, ninguém disse que ser ousado é fácil =)

Té++

domingo, 6 de julho de 2008

Code Geass vs. Death Note

Iow

Quando divulguei o Blog sobre o Code Geass, alguns me falaram de outros animes que também tem a característica do Code Geass, ou seja, o personagem principal é muito inteligente e manipulador. Pois bem. Um desses animes é o Death Note, que acabei de assitir semana passada.

Code Geass e Death Note são muito semelhantes em alguns aspectos:

Personagem Principal

Lelouch Lamperouge do Code Geass e Yagami Raito do Death Note são muito parecidos. Ambos são extremamente inteligentes e meticulosos, e tendem a manipular as pessoas para conseguirem o que querem, as vezes de forma cruel. Sempre pensam muito antes de agir, e fazem planos levando em consideração cada movimento do adversário. Ambos odeiam perder, e tendem a se descontrolar quando tudo parece perdido. Eles são tão parecidos que eu arriscaria que são irmãos separados na maternidade de animes.

Propósito

Lelouch e Raito lutam por um mundo melhor. Code Geass ocorre num mundo do futuro, envolto em guerras, e Death Note ocorre no presente, com toda a violência e insegurança do dia-a-dia. Ambos personagens tentam fazer o impossível, que é mudar o mundo com as próprias mãos, custe o que custar.

Segredo

Em ambos os animes, os personagens principais são forçados a se disfarçarem das pessoas, assumindo uma dupla personalidade. Pro mundo, eles são revolucionários querendo mudar a humanidade, fazendo verdadeiros milagres. Para os conhecidos, são meros estudantes normais. Lelouch assume o nome de "Zero", e Raito de "Kira". Boa parte da trama ocorre sobre o mistério de quem é quem.

Laços Afetivos

Lelouch e Raito são muito ligados a família. Raito não é tanto assim, mas preza pela segurança dos seus familiares. Lelouch é muito ligado a sua irmã, Nunnaly, por quem procura proteger a todo custo.

Mulheres

Ambos personagens são muito famosos entre a mulherada. Porém não levam a sério nenhum relacionamento. Na verdade usam do relacionamento como forma de manipulação. Raito é mais explícito nesse quesito.

Poderes Sobrenaturais

Toda a trama ocorre quando os personagens conseguem, de alguma forma, um poder sobrenatural. Lelouch começou a por em prática seu plano de derrotar Britania quanto conseguiu o Geass; Raito começou a querer por ordem no mundo quanto encontrou um Death Note.

Os poderes em si são limitados. O Geass só funciona uma vez por pessoa, e o Death Note só funciona com o nome da pessoa. As limitações fazem ambos personagens terem que pensar muito, e isso só aumenta a trama dos animes.

Seres Sobrenaturais

Em ambos os animes, os poderes sobrenaturais são concedidos por seres não muito convecionais. Em Code Geass, C.C. passa um Geass para o Lelouch, e em Death Note, um Shinigami, Ryuuku, é quem deixa seu Death Note cair na Terra, permitindo que Raito o encontrasse. Tanto C.C. quanto Ryuuku acompanham seus "pupilos" a todo momento, mesmo aparentemente não se importando muito com seus planos.

Comida

Raramente os personagens principais aparecem comendo, mas os seres sobrenaturais que os acompanham sim... E sempre a mesma coisa. C.C. vive comendo pizza do Pizza Hut, e Ryuuku sempre come maçãs.

Inimigos

Em ambos animes, a coisa complica quanto o personagem principal descobre que outros possuem o mesmo poder que ele. Porém esse problema sempre é só momentâneo, pois os gênios sempre encontram uma saída... e de quebram aprendem mais sobre o poder, aprimorando os planos posteriores.


As semelhanças param por aí. Se fossem mais iguais, não seriam dois animes diferentes, não é mesmo?

Code Geass tem mais ação, por conta dos Knightmares, os robôs de batalha da guerra futurista. Death Note é basicamente um guerra de intelecto, na qual vence quem conseguir prever primeiro o que o adversário fará. Mas tem sua dose de ação.

Resumindo: recomendo ambos os animes. Pra quem curte animes mais adultos, ambos são excelentes. Death Note é um anime já fechado, com começo meio e fim, com 37 capítulos. Code Geass ainda está em andamento, atualmente no capítulo 12 da segunda temporada.

Mais informações sobre os animes:

Code Geass
Death Note

Agora lanço a pergunta: quem seria mais poderoso no contexto de seu próprio anime, Zero com um Death Note ou Kira com um Geass? Façam suas apostas! =)

Té++