segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A era pós PirateBay

Iow

Tudo começou quando apereceram boatos de um software que permitia que os usuários trocassem músicas entre si. A idéia era bem interessante... afinal, era difícil de se conseguir algum site sem link quebrados que disponibilizasse músicas para baixar. E eis que então, o tal do Napster tornou-se popular, e virou uma febre. Era o início da era P2P.

O tempo passou, e o Napster ficou tão popular que algumas gravadoras, bandas, distribuidores de mídia, gente que não sabia baixar etc. ficaram incomodadas, e invocaram o exército maligno dos dark advogados do mal. Era o fim do Napster. Mas não o fim da era P2P. Depois do Napster, vieram outros, como o iMesh (que tinha a incrível capacidade de compartilhar não músicas, mas sim qualquer tipo de arquivo), eDonkey/eMule e o famoso Kazaa (que depois ficou conhecido pela incrível capacidade de compartilhar vírus).

Paralelo a isso tudo, surgia um novo meio de compartilhar arquivos: o BitTorrent (abreviado depois para somente torrent). A idéia era a mesma: os arquivos eram compartilhados entre os usuários (P2P), mas surgia a figura do tracker, que é um servidor que gerencia as conexões aos torrents (mas não armazena os arquivos).

E, pouco a pouco, como todos os fenômenos da internet (como o Napster e até um tal de Google), um site foi ganhando evidência: o PirateBay... pouco tempo depois autoentitulado de "o maior tracker de torrent do mundo".

Como o Napster em seus anos dourados, o PirateBay também possuía "concorrentes" (como os trackers fechados), e ainda outros sites de busca de torrents, como o Mininova e o IsoHunt. Mas sempre existe um que se destaca.

E depois de anos e anos, a história se repetiu: pessoas com dinheiro se uniram e fizeram o ritual de invocação dos dark advogados do mal, que jogaram a reputação do PirateBay pro chão, em um processo que repercutiu até no Jornal Nacional (conhecido no mundo nerd por nunca dar notícias do mundo nerd).

A pergunta que ficou no ar é: e agora?

E agora? Há outras maneiras de baixar arquivos. Os servidores de espaço de massa, como o RapidShare (outro fenômeno que logo logo vai receber o poder dos dark advogados do mal, pode escrever), MegaUpload etc., são exemplos de que o download via http nunca morre. Porém, nesses servidores, para se baixar a uma velocidade decente, é necesśario pagar. E pagar não é o intuito de quem baixa as coisas da internet... Afinal, se quer pagar, compra o original, oras bolas (tá certo que no Brasil-sil-sil penta campeão os impostos deixam RapidShare mais interessante do que comprar as coisas originais...).

Fora quem quer pagar alguma coisa, sobraram os ex-rivais do PirateBay... Ex-rivais porque no PirateBay não se encontra mais nada que presta. Ou seja, sobrou Mininova, IsoHunt, TorrentReactor etc. para indexar os outros trackers.

Mas... Diferente do PirateBay, a maioria (quase totalidade, na verdade) dos torrents postados nesses sites são de trackers fechados, que requerem incrição ou convite para entrar.

Os que precisam de convite, como o TorrentLeech, são considerados o supra-sumo dos trackers... Mas, é preciso um QI pra receber um convite. Sobram os fechados mas com inscrição direta (sem convite).

E, sem alternativas, resolvi ingressar em um desses trackers, após muito relutar. E apesar da frase deveras bonita que se formou, não fiquei feliz por ter que fazer isso: acessar o PirateBay era muito mais cômodo e prático.

Mas... fazer o que. Inscrevi-me em um tal de ILoveTorrents, um tracker até bem decente, com bastante posts de games de Wii no Mininova. Entrei, peguei uns torrents pra baixar... E vi o poder de um tracker fechado: o download foi muito mega fast extreme hardcore rápido thunder the flash. Plus.

Pow, legal. Vou baixar mais coisa. E de novo, velocidade estupenda. Legal!

Mas... (sempre tem um "mas"), nem tudo são flores. A sacada dos trackers fechados é obrigar a galera a fazer upload, através do cálculo do ratio: é o que você fez de upload dividido pelo que você fez de download.

Forçando a galera a fazer upload, é natural que o download de quem esteja baixando seja rápido.

Muito bem, já que te que fazer upload, vamos fazer... Aquilo que demorei pra 2 horas baixar, levou 20 horas pra subir (afinal a minha ADSL tem a taxa de download 10 vezes maior que a de upload). Ugh!!!

De repente me vi de volta para o tempo da internet discada, quando eu tinha que ficar o dia todo pra conseguir alguma coisa. Só que dessa vez não era o download, e sim (e mais estranho) o upload.

Sofri, mas consegui chegar ao ratio de 0.5 (ou seja, eu havia baixado 2 vezes mais que subido). E então recebi o seguinte alerta do tracker:

These are the Minimum Ratio Requirements based on how much you have downloaded. As ILT is a sharing community, you are required to upkeep your sharing ratio at any time. A low ratio will result in warnings, restrictions on your downloading ability or exclusion from this community.

With a download between: 3.0 GB and 6.0 GB you must have a ratio of at least 0.3
With a download between: 6.0 GB and 9.0 GB you must have a ratio of at least 0.6
With a download above: 9.0 GB you must have a ratio of at least 0.9


E o tanto que eu havia baixado se encaixava na terceira faixa...

Recebi outro alerta depois dizendo que eu teria apenas 1 semana para deixar o ratio o mais próximo de 1 possível. Caso contrário, bye-bye conta.

(Tem horas na vida que a gente tem que estufar o peito, erguer a cabeça e gritar: FODEU!)

Comecei a pesquisar outros trackers, já que não tinha nenhuma esperança de, com ADSL, chegar a um ratio desses em tão pouco tempo. Ainda mais com os downloads que eu havia feito, que tinham mais seeders do que bytes.

E eis que surgiu uma luz no fim do túnel. Ou um LED no fim no cabo. Encontrei sem querer uns blogs de pessoas falando sobre meios de enganar o tracker, informando que o upload/download era um, mas na verdade o real é outro (sinto cheiro de "jeitinho brasileiro"), subindo o ratio.

E faz sentido: o tracker não possui os arquivos, portanto o upload/download não é feito dele. Os aplicativos de torrent é que informam para o tracker o que foi trafegado... E essa informação não necessariamente precisa ser fiel a realidade... Muwahahahaha!!!

Encontrei o fórum do Small Bandwidth Innovation, eleito por vários blogs e outros fórums como o maior especialista no assunto "enganação de trackers". Baxei o pacote para o Vuze, que é o client de torrent que utilizo.

E, ao contrário do que eu imaginava, o upload fake funcionou maravilhosamente bem. Coloquei o upload fake para uma média de 250KB/s (sendo que na minha internet só chega a 100KB/s), e o tracker foi engambelado direitinho. Tanto que, em pouco tempo, consegui o antes inatingível rate de 1.

(Upload fake do Vuze entrando em ação)

(Tela de monitoramento do ILoveTorrents. A carinha do lado do ratio representa exatamente a minha sensação =) )

Injustiça? Bom, o hack permite até zerar o upload real, fazendo perder de fato todo o sentido da rede P2P. Isso sim é sacanagem. Sacanagem também é exigir um ratio de 0.9, mesmo que você tenha uma ADSL. Sacanagem por sacanagem...

(Opções sacanas e não sacanas do hack)

Mas inúmeros sites alertam: o hack de upload/download é como bebida alcoólica: use com moderação. Se você do dia pra noite aparecer com um ratio de 10, por exemplo, é fácil fácil do tracker descobrir... E bye-bye conta, de novo.

Além disso, se você possui uma internet de velocidades simétricas (DSL, Cabo etc.), esse hack não faz sentido. Basta deixar o upload na mesma taxa do download, que o ratio vai ser sempre próximo de 1.

Sendo assim, minha vida de "torrenteiro" ainda não acabou. Não vou precisar, tão cedo, pagar por um RapidShare ou algo do gênero. Isso, até que surjam novas formas de download... Afinal, se tem uma coisa que não se pode duvidar, é da criatividade dos nerds =)

Té++

domingo, 9 de agosto de 2009

Meu primeiro mês de casado

Iow

Antes de tudo, calma! Eu não casei de verdade. Deixo explicar o contexto primeiro:

Quando passei na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), vim morar em Florianópolis. Por um bom tempo morei em um apartamento, dividindo com mais 3 caras.

Passou um tempo, e meus pais se separaram. Então compraram um apartamento em Floripa, e minha mãe veio morar comigo.

Passou mais um tempo, a minha namorada passou no vestiba da UFSC para o curso de farmácia, e veio morar junto com a gente.

Resumindo, moram no mesmo apartamento eu, minha mãe e minha namorada.

Só isso já dá insumos pra dizer "Ah, mora com a namorada? Então tá casado". Sei até que em termos do código civil, isso caracteriza uma união estável. Ainda mais com 7 anos de namoro.

Mas a questão é que morar com a mãe não é, e nunca será, igual a morar sozinho. Sempre há mordomias que só a mamãe faz. Então, tecnicamente eu estava casado, mas não na prática do dia-a-dia.

Eis que mês passado minha mãe resolveu fazer uma viagem, e ficaria fora por 1 mês. Ela já havia viajado por uma ou duas semanas, mas 1 mês era a primeira vez.

Então chegou a prova real. Eu já havia morado sozinho por um bom tempo. Minha namorada, antes de vir para a UFSC, também já havia morado sozinha. Mas nunca havíamos morado sozinhos... juntos.

Seria o casamento na prática, com tudo que te direito: desde lavar as roupas até pagar as contas do mês. Um verdadeiro test-drive pra ver se o casamento real daria certo. Acho até que, na verdade, era isso mesmo que a minha mãe queria fazer: ver se o circo pegava fogo... =P

Primeira semana

Então entramos na primeira semana de morando sozinhos juntos. Os primeiros dias foram normais, afinal cada um seguia a sua rotina. O rolo começou com a louça do jantar. Como eu não cozinho m... nenhuma, ficava pra mim a responsabilidade de arrumar a mesa e lavar a louça. Só que, por um defeito de fábrica, eu tenho alergia a detergente (uns chamam isso de "bichisse', mas fazer o que). Ou seja, tenho que lavar a louça de luvas. E as únicas luvas que tínhamos estava furada.

Tarefas até então: no início, eu só arrumava e retirava a mesa.

Compramos uma luva, afinal a minha vida estava muito fácil. Passei a ser o dono da louça. E então comecei a reparar que toda santa janta tinha uma pilha interminável de coisas pra lavar: panelas, pratos, talheres, vasilhas... WTF!? Estávamos só em dois, dá onde vinha tanta louça?

Vivendo e aprendendo: a namorada sempre fazia a quantidade de comida exata para dois, ou seja, no final sempre tinha coisa pra lavar. A dica foi fazer arroz e feijão, por exemplo, para 2 ou 3 dias. É melhor de fazer (mais volume) e melhor de limpar, pois não é todo dia que é necessário.

Mesmo eu lavando a louça, ainda sim a tal da louça gerou polêmica: e quem seca?

Existe uma antiga lenda que diz: se você deixar a louça parada em algum lugar, sem ninguém olhando, uma fada do mundo dos elfos vem, lança um feitiço, e plim! No dia seguinte a louça está completamente seca. Alguns céticos dizem que a água evapora com o tempo e coisa e tal. Seja como for, deixando a louça no escorredor, ela amanhece seca (isso é fato).

O duro é que não sei o que acontece: nenhuma mulher conhece essa lenda. É difícil você encontrar alguma que não use o pano de prato para secar a louça no final da lavação. E mais difícil ainda é convencer alguma mulher de que essa lenda é verdadeira.

Contra-argumento: deixando a louça secar sozinha, o cloro da água deixa os utensílhos metálicos manchados.

Contra-contra-argumento: nunca vi essas manchas. E secar com o pano de prato deixa pelinhos na louça.

Depois da guerra, milagrosamente saí vencedor. Eu lavo a louça e a deixo lá para a fada do mundo dos elfos secar. Guardar a louça só quando não há mais espaço para a louça recém lavada.

Chegou o fim de semana, e com ele a estiagem na geladeira. Não tinha um tomate sequer. Hora de fazer a feira!

Peguei a responsabilidade pra mim. Fiz isso porque daqui até o mercadinho há algumas lojas, e lojas possuem vitrines, e vitrines são como sinal vermelho para as mulheres: tem que sempre dar uma paradinha. Eis o infográfico do que estou me referindo:



Comprei os mantimentos necessários para a próxima semana, como alface, tomate, frutas... e uma caixa de bombom. Não sei porque, mas as hortaliças estavam horríveis (murchas e com cara de passadas).

Enquanto isso, a semana toda gerou roupas sujas. Era necessário lavá-las. Estava lá a namorada fazendo o ritual de separação das roupas claras das coloridas (quando eu morei sozinho descobri do pior jeito que isso é realmente necessário: misturar uma camiseta vermelha com uma cueca branca resulta em uma cueca rosa, que é uma peça totalmente não aconselhável).

Enquanto ela colocava a roupa para lavar na máquina, eu levei o lixo pra passear. Isso vem lá da antiguidade, quando Deus castigou a humanidade por Eva comer a maçã:

"Os animais evitarão os humanos... As mulheres sentirão dor ao dar a luz... E os homens levarão o lixo pra fora e cortarão a grama nos finais de semana..."

Como moramos em apartamento, pelo menos não há grama pra cortar.

Fiz o que tinha que fazer, e a namorada lá, olhando fixamente para a máquina lavando a roupa. Até brinquei "os olhos do dono engordam a boiada?"... sem resposta. Do meu tempo de sozinho no mundo (oh...), lavar a roupa baseava-se em tacar a roupa na máquina, colocar sabão em pó, ligar e... ir estudar/trabalhar. No final do dia eu chegava em casa e colocava no varal. Sem nóia nenhuma.

E ela lá, esperando sei-lá-o-que acontecer. "Estou vendo se não dá problema". Eu hein. Resumindo, ela ficou o dia todo lavando a roupa (e eu jogando video-game). Então lancei o desafio: semana que vem eu lavo!

Na hora de guardar as roupas, é que veio o baque. "Guarda as meias pra mim...". Bom, não há problemas com as meias, certo? É so dobrar no meio e deu... Errado! "Faz assim ó... E faz esse bolinho".



OMLOTR*... Existe no mundo algum símbolo mais forte de homem dominado, fraco, inexpressivo, subjulgado, ovelha... do que o bolinho de meias??? Nesse momento parei e pensei "putz... to casado!".

(*Oh My Lord Of The Rings)

Resumo da semana: produção de louça exagerada, hortaliças feias e murchas, tempo demais para lavar roupa, problemas ao guardar as roupas, má distribuição das tarefas... stress!!!

Tarefas até então: arrumar a mesa, lavar a louça, tirar o lixo, fazer a feira.

Note que algumas tarefas triviais do dia-a-dia foram omitidas, como arrumar a cama. Pelo menos isso a namorada concorda que é desnecessário (salvo quando há visitas em casa ou quando é pra tocar lençóis). =)

Segunda semana

Liguei para a mamãe, e descobri o milagre da multiplicação das hortaliças: dia de feira, aqui, é terça-feira. De fim de semana só há sobras (de fato...). Hum... Level up.

Comecei a fazer um esquema diferente com as louças: como estava muito, mas muito frio em Floripa, lavar a louça de noite era muito martírio. Então comecei a lavar as louças do dia anterior ao meia dia do dia seguinte (com o clima bem mais quente). Level up de novo.

A caixa de bombom que comprei no fim de semana não deu nem até terça-feira. Será esse o motivo que depois do casamento todo mundo engorda? o.0

A namorada começou a fazer mais comida no jantar, sobrando para o dia seguinte (ficando mais conveniente). Level up.

Chegou o fim de semana. Antes que eu me prontificasse, a namorada roubou a roupa suja e botou pra lavar. Vai ver ela tem medo que eu lave (afinal quem lava é a máquina...). Mas pelo menos ela gastou bem menos tempo dessa vez... e não era menos roupa... Com o frio que estava fazendo, o volume das blusas, calças e camisas era grande. Level up.

Deixei para fazer a feira na terça, já que é o dia certo. Pedimos lanche algumas vezes (nos dias mais frios e indispostos), afinal ninguém é de ferro.

Hora de limpar a casa! Eu fui correndo lavar a louça (uma montoeira, já que a namorada resolveu fazer bolo). Escapei de passar vassoura no apê (coisa que odeio). Mas eu tinha o pressentimento de que eu não escaparia pra sempre...

Na hora de guardar as roupas lavadas, mudança de planos: cada um guarda a sua. E foi a melhor decisão tomada na semana. Eu dobro as minhas meias, e ela faz bolinho das delas. Freedom!!!

Resumo da semana: produção de louça controlada, sem hortaliças (fui comprar na outra semana), tempo para lavar roupa reduzido, sem problemas ao guardar as roupas, melhor distribuição das tarefas (fora limpar o apartamento)... Good job!

Tarefas até então: arrumar a mesa, lavar a louça, tirar o lixo, fazer a feira, comprar chocolate, guardar a própria roupa.

Terceira e quarta semanas

A partir daqui entramos em velocidade de cruzeiro. As tarefas começaram a fluir melhor, as hortaliças ficaram mais bonitas, o tempo para lazer aumentou... mas o chocolate continuou acabando no meio da semana.

Na última semana, apareceu a tarefa que mais dói: pagar as contas. Eu já pagava o telefone antes (afinal no telefone está a querida e amada internet), mas nunca assumi todas as contas do mês. E da-lhe: luz, condomínio, telefone, além das feiras. Ai meu bolso... Pra não dizer que paguei tudo sozinho, ao longo das semanas a namorada comprava coisas como carne e produtos de limpeza no supermercado. Mas já deu pra perceber que se fosse para morar sozinho nesse apartamento, ganhando o que eu ganho, não ia rolar.

Na quinta-feira chegou o dia de ver uma esposa 100%. Toda quinta-feira o pessoal da empresa que trabalho se reune para jogar algum esporte. E na quinta da última semana era futsal. Confirmei a presença.

Na hora de sair pro jogo, deparo-me com a namorada com um bico "daquele" tamanho. Nessas horas é melhor não perguntar nada e sair de fininho...

"Espera... Não vai levar o lixo?" ... Ugh, eu sempre levo o lixo de sábado, mas tudo bem, eu levo... Na saída de novo "E o pretzel que comprei pra você, você não vai comer?"... Pow to de saída... "Ah, então joga no lixo e leva junto"... E eu querendo sair.

Você pode ficar o dia todo deitado no sofá, que nada acontece. É só você por a mão no trinco da porta, que chove coisas pra você fazer. Parecia essa piada do pretinho básico:



Não perguntei o que estava estressando ela, afinal esse tipo de pergunta não se faz... É muito arriscado. Só sei que dia seguinte ela estava doce como mel novamente. Ufa...

Sábado, dia de lavar a roupa e limpar a casa... E dessa vez não tinha louça suficiente pra me salvar... Fui passar a vassoura. =P

E hoje, domingo, a mamãe chegou de viagem. Fim do test-drive.

Fora a tragetória ao longo das semanas, tirei algumas importantes lições:

  1. "A felicidade de um casamento depende diretamente de ter banheiros separados". Quando eu li isso eu achei ridículo, mas é a pura verdade.
  2. Cada um tem que ter a sua individualidade. É necessário fazer as coisas juntos (sair, ir ao cinema, jantar fora etc.), mas também é extremamente necessário que ambos tenham a sua vida particular ativa, fazer o que gosta. Ela não assiste meus animes e eu não assito as séries dela, por exemplo.
  3. Divisão de tarefas domésticas é fundamental. Ambos trabalham, ambos tem sua rotina, e ambos chegam cansados em casa. É necessário cooperação.
  4. A execução das tarefas domésticas deve ser otimizada, mas a vida não pode virar rotina. Se existe uma coisa que acaba com qualquer relacionamento é a rotina, o "dia-a-dia normal".

E agora? Dá pra casar?

Ugh... Tenho que ganhar mais pra isso... (e da-lhe enrolação =P)

Té++