quarta-feira, 25 de março de 2009

King's Bounty: The Legend

Iow

Dando uma olhada nos melhores games de 2008 segundo o GameSpy, descobri meio que sem querer o tal do King's Bounty: The Legend.



O game me chamou logo a atenção devido ao fato de lembrar bastante o viciante Heroes of Might and Magic.



Baixei a versão genérica do game, instalei e fui jogar. Começou bem: os gráficos são bons (melhores que os do Heroes V), e tudo rodou no máximo na minha máquina por padrão (dando aquela senhora massageada no ego nerd).

A primeira mudança foi nítida: quando no mapa (o famoso modo "cavalinho") o jogo não anda por turnos... ou seja, você é livre para andar para todos os lados, sem ter que passar de turno toda vez. Isso deu uma dinâmica bem boa ao game.

Na batalha, os gráficos das magias impressiona. Porém a movimentação das unidades, e a animação de combate, é meio pobrezinha. Outro limitador é o número máximo de tropas do jogador: somente 5.

As comparações com Heroes of Might and Magic são inevitáveis... Então vamos a elas:
  • O herói só participa da batalha lançando magias e ajudando nos status. Algo como ocorria até o Heroes III;
  • Não há siege weapons no exército que não fazem parte do exército, como ocorre em Heroes;
  • A árvore de skills do herói é mais customizável e acessível, diferente do Heroes que você fica torcendo para que uma skill apareça para você escolher;
  • Existe um limitador do número de unidades que você pode recrutar, diferente do Heroes, onde o único limitador é o dinheiro: os leadership points. Esses pontos são adquiridos com níveis de personagem e em alguns locais no mapa;
  • Há vários tesouros interessantes embaixo da terra, e é fácil encontrá-los. Em Heroes, você pula de alegria quando encontra o tesouro enterrado (que mudou de nome ao longo das edições).
Existe um sistema no jogo no qual você pode casar... Por que um aventureiro, sedento por grandes batalhas, tesouros e desafios, iria casar??? O casamento no jogo é algo bem trivial: você escolhe uma mulher, clica em "casar" e pronto. Cada mulher dá um bônus para uma habilidade específica, então é interessante escolher a mulher que melhor se adeque a sua classe. Além disso, cada filho (sim é possível ter filhos) também dá alguns bônus. Torça para ter filhos sintonizados com o pai =).

O número de quests do game é incrivelmente alto. Dependendo do estado mental do jogador (cansado, estressado etc.), chega a ser maçante e repetitivo (hora boa de se desligar o game e ir jogar algo que exija menos leitura).

Depois umas boas jogadas, comecei a pensar: "Como será o multiplayer desse game?"... Foi aí que descobri que o game não tem multiplayer. Então caiu a minha ficha: King's Bounty, apesar das semelhanças, não tem o mesmo foco de Heroes of Might and Magic. O foco dele é ser apenas um RPG normal, ala Final Fantasys da vida, onde tu joga, evolui o personagem, enfrenta desafios, zera e... acabou. Não que isso seja ruim (aliás, adoro games desse estilo).

A partir desse momento comecei a olhar o game não com olhos de jogador de Heroes of Might and Magic, mas sim com olhos de quem joga um RPG single player finito. E a minha recepção para com o game foi bem melhorada.

Resumindo: vale a pena conferir se você gosta do estilo de batalha de Heroes e gosta de RPGs single player finitos (e grandes). É um nicho complicado, mas se você pertence a ele, dê uma chance a esse game.

Té++

"Coincidências"

Iow

Final de semana retrasado veio um povo de Apucarana pra cá para participarem da colação de grau da minha namorada Priscila. Chegaram na sexta e foram embora no domingo.

Na hora de eles irem embora, minha mãe disse "Não gosto de despedidas, vou ficar aqui. Boa viagem", e não foi. Para acompanhá-los, foram eu e a Priscila. Fomos de táxi.

Chegamos meia hora antes do horário do ônibus, que seria as 19:45. Chegou o horário, e nada do ônibus. 20 horas e nada do ônibus. 21 horas e nada do ônibus. Fomos nos informar no guichê, e a mulher disse que o ônibus, que vem de Porto Alegre, estava parado em Santo Amaro devido ao trânsito, e por isso o atraso (ela viu isso acessando o sistema via GPS).

Beleza, deu 21h40min, minha mãe ligou pra nós. Para nossa surpresa, ela não ligou para perguntar o porquê de estarmos demorando, e sim para informar que o irmão dela, que estava internado devido a um câncer de pulmão, acabara de falecer.

Corremos no guichê para tentarmos pegar uma passagem pra ela. Havia somente uma passagem livre. Reservamos. Falamos para minha mãe se arrumar o mais rápido possível, pegar um táxi e vir para a rodoviária.

E o ônibus atrasado...

Deu 22h10min, o responsável pelo portão anunciou o ônibus. Ele chegaria em poucos minutos. E nada da minha mãe. Ligando para ela, ela estava no último semáforo antes de chegar na rodoviária. O ônibus encostou.

Assim que ela chegou, pegamos seus documentos e fomos comprar a passagem. Ela aos prantos, estava completamente em estado de choque... tanto que esqueceu coisa no táxi, esqueceu coisa em casa, enfim... Os passageiros começaram a subir no ônibus.

Compramos a passagem. No ato do pagamento, reparamos que a passagem estava mais cara que o normal. Daí a vendedora se tocou do erro: ela havia cadastrado como sendo uma passagem para Maringá, e não para Apucarana. E da-lhe extornar e refazer. E o ônibus lá.

Assim que acabou todo o processo, minha mãe correu pro ônibus, e bem na hora pôde embarcar. Finalmente conseguiu ir... e o melhor, acompanhada das pessoas que vieram de Apucarana, o que é muito importante nesse caso.

Agora as perguntas:

Tem um francês lá na empresa que trabalho que me disse uma vez que coincidências não existem. O que explica a "coincidência" do atraso do ônibus? Meu tio não sabia que pessoas de Apucarana vieram para cá, e que eles iriam retornar no domingo, portanto não pode ter sido por influência dele. Ninguém sabia que ele estava para falecer, então não foi influência de ninguém. Outra: e a "coincidência" de haver justamente uma única passagem para ser comprada, em cima da hora?

Outra mais "cabulosa" ainda: meu tio poderia ter falecido no sábado, pois foi quando agravou a sua situação. Se isso tivesse ocorrido, com certeza estragaria o clima da formatura da Priscila e a minha mãe teria que viajar sozinha, no sábado. O que explica a "coincidência" de ele falecer justamente na hora apta a minha mãe conseguir embarcar para Apucarana, acompanhada de nossos amigos? Mais uma: se a minha mãe tivesse nos acompanhado na despedida, ela não poderia embarcar junto pois não teria bagagem (roupa, calçado, mala etc.). O que explica a "coincidência" de ela ter ficado em casa, para receber o telefonema, e conseguido se arrumar a tempo?

São muitas "coincidências" nesse caso não?

Atualmente eu estou començando a acreditar que coincidências não são meros acasos do destino... Algumas coisas se encaixam perfeitamente demais para serem apenas uma coincidência. O que seria então? Vontade? Força do pensamento? Força sobrenatural? Força divina? Não sei... Pretendo um dia descobrir.

Té++