segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ufa, pensei que era um UFO (parte 2)...

(Continuação da parte 1)

Subindo para o platô, visualizamos no céu várias estrelas cadentes. Mas espera, estrela cadente dourada? Estranho... Mais estranho ainda eram as estrelas cadentes fazendo tragetórias não lineares. Algumas faziam até voltinhas (com em um fio de telefone). Segundo os veteranos, essas "estrelas cadentes" são chamadas de caneplas, que são "sinais mandados pelos seres" dizendo alguma coisa. No caso, as caneplas douradas significam que haveria contatos na noite.

Tentei tirar foto do céu, na esperança de pegar alguma canepla... Mas tirar foto de canepla é tão complicado quanto tirar foto de uma estrela cadente. Fora o fato de que tirar foto do céu estrelado com câmera que não foi feita pra isso é a mesma coisa que tirar foto de são paulino macho: não aparece nada.

Tá, tudo bem. Vamos ignorar as caneplas por enquanto. Subindo a trilha até o platô, prestei atenção nas conversas entre as pessoas:

"Nossa, com a canepla dourada, vamos ter vários contatos!!! Tomara que eu consiga meu compromisso hoje..."
"Pois é, eu já tive contato com seres de Órion, mas eles não passaram compromisso... Vamos ver se hoje dá certo..."

Foi aí que entendi o termo "compromissado" e "não-compromissado": Compromissado é aquele que através de um contato com os seres extraterrestres tiveram um compromisso, uma missão transmitida. E as missões variam de pessoa para pessoa, e cada um recebe o fardo que consegue carregar. Blah. Vi pessoas com a missão de construir galpões para proteger pessoas de catátrofes, criar sistemas de irrigação, criar sistemas de armazenamento de mantimentos, divulgação do projeto e atividades na midia... Enfim, inúmeros compromissos.

Chegado no platô, fomos para a sessão esfrega-testa. Todos os compromissados passaram pelos não-compromissados fazendo símbolos na testa para ativar o chakra frontal. Dependendo do anime você pode trocar o nome, mas como o que faz sucesso hoje em dia é Naruto, então fica chakra mesmo.

Ativados, fomos para o outro lado da montanha, onde há um platô menor (chamado de platozinho). Eis a visão que se tem de lá:

Visão diurna do platozinho


Lá foi acesa uma fogueira, e ficamos conversando e esperando alguém dizer alguma coisa pra fazer sei lá o que que desencadearia em algo que também não sei. Enfim... esperando.

Depois de algumas caneplas passando, pontos estranhos no céu e tudo mais, fomos convidados a entrar na trilha (que não era a mesma usada para chegar no platozinho). Somente o grupo. Era a trilha para se ter o contato.

Beleza, eu e meu grupo entramos legalzões. Éramos os primeiros a entrar na noite. A trilha levava para um local com a mata um pouco mais fechada, porém a visibilidade era boa. A luz da lua fazia até desnecessário o uso de lanternas para se locomover.

Depois de caminhar um pouco, a mata ficou um pouco mais fechada, e começamos a ouvir barulho de pedras caindo no meio da mata. E não eram pedras pequenas... Pelo barulho, eram pedras bem grandinhas. Continuamos a andar. O barulho das pedras caindo ficou bem próximo de nós... parecia até que iam cair nas nossas cabeças. O mais estranho é que mesmo vendo os galhos quebrando, as folhas caindo e ouvindo o barulho, eu não via pedra nenhuma. E quando ficamos numa espécie de vale, onde os barrancos dos dois lados eram mais altos que a trilha, não ouvimos nenhuma pedra rolar.

Continuamos a andar. Crocodilo Dande a frente, paramos em alguns lugares para ver se acontecia alguma coisa. Nada. Andando, mais pedras. Particularmente me assustei com uma pedra que caiu logo atrás de mim. Quer dizer, o barulho e deslocamento de ar dela... Mas mesmo com lanterna não encontrei pedra alguma.

No final da trilha, ouvimos uma pedra gigante cair perto de uma árvore, e da árvore saiu um faixo de luz, que iluminou todos ali. Ficamos parados olhando. Ficou naquilo. Saímos da trilha.

No final, as pessoas perguntaram "E aí, teve contato? Ou só sonoplastia?". Ficou na "só sonoplastia". E dessa vez não eram os grilos intergaláticos.

Fiquei com aquilo na cabeça. Nos agrupamos em torno de uma fogueira, em outra parte da montanha, chamada "Marcas" (local onde há marcas circulares na pedra, que segundo os veteranos são marcas das sapatas das naves de quando o planeta foi colonizado. Blah²).

Marcas circulares no chão


Logo em seguida começaram a chegar os outros grupos. E todos, sem exceção, tiveram o contato.

Algumas pessoas chegavam comemorando, pulando de alegria. Algumas até chorando de felicidade. Dava para ver no rosto das pessoas a sensação de realização. Alguns grupos eram de várias pessoas, como o meu, outros grupos eram apenas casais. E todos chegavam com o brilho no olhar de felicidade.

Estranho.

No final da noite começaram a aparecer as caneplas pratas, que segundo os experientes significa que os seres estão de partida. Já não me espantava com luzes fazendo bizarrices no céu. Mas uma coisa me impressionou mais do que as pedras:

Após a passagem de todos na trilha, um ponto móvel apareceu no céu. Ele não andava em velocidade constante. Era uma luz mais forte do que a mais forte das estrelas no momento (mais forte que o planeta Vênus). As pessoas começaram a acenar, umas agradecendo, outras dizendo tchau. E nesse momento o ponto fez um flash de luz, na cor amarela, pegou velocidade e saiu do campo de visão.

(... Tem momentos na vida que só resta um comentário a ser feito: Blah.)

Fomos para o platô principal. Lá houve uma comoção geral. As pessoas se cumprimentavam, comemoravam, sorriam. Descemos para a sede. Hora de dormir.

Havia mais uma noite pela frente. E o festival de coisas estranhas só havia começado...

(Continua na parte 3)

2 comentários:

Jorge Carvalho disse...

yo

Então cara... termina logo este relato para eu poder saber o que pensar, concordo com o que o Gesser disse antes "isso vai dar muito pano pra manga."

flw o/

Fernando Schafa disse...

yow.
são paulino macho existe sim! hehehe....de resto, sei nao hein?!rs
abraço