segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ufa, pensei que era um UFO (parte 1)...

Iow

Feriadão pela frente (11/06/2009), nada pra fazer... Quer saber? Vou ver ETs... o.0

É, não foi bem assim... A verdade é que tem um pessoal na empresa que trabalho que volta-e-meia vinham com papos de seres extra-terrestres, evolução mental, dimensões e planos de existência... Uou, uma viagem.

Eu sempre tive curiosidade sobre temas como evolução mental (vide, por exemplo, a discussão do mito dos 10%), como funciona a paranormalidade etc.. E a pergunta que até o mais cético se fez (ou faz ou fará) é se estamos sozinhos no universo.

Além disso, tenho mente aberta para conhecer toda e qualquer doutrina, religião, culto ou o que seja. Prefiro conhecer as coisas primeiro antes de tecer qualquer opinião.

Sendo assim, resolvi embarcar na viagem. Na pior das hipóteses eu não viria nada... Então não tenho nada a perder.

Subimos no carro e fomos até o interior de Mato Grosso do Sul, na cidade de Corguinho, na sede do Projeto Portal. Depois de 16 horas de viagem, chegamos ao destino.

A sede fica em uma fazenda, e para chegar lá é necessário passar por trocentas fazendas. É o isolamento do isolamento.

Chegamos na parte da tarde. O visual da natureza do local é fantástico:




Caiu a noite, e começaram os primeiros trabalhos. Junto comigo haviam mais umas 6 pessoas que eram 100% novatas. E antes de se começar qualquer coisa, é necessário fazer um certo "ritual de iniciação", que é tirar a simbologia.

O tal do tirar a simbologia nada mais é que alguém olhar a tua testa e escrever um monte de coisa bizarra em um papel. Pronto. Aquele é o símbolo que te define. Daí há várias pessoas que interpretam o papel.

Aqui entra um resumo do resumo do que eu entendi da história toda: A matéria nada mais é do que energia condensada. Tanto que ao se desfazer a matéria, produz-se energia (princípio da fissão nuclear). A questão toda é que (apertem os cintos, vai começar a viagem) a energia por si só pode ser consciente. Ou seja, haveria formas de vida que não dependem da matéria para serem conscientes e inteligentes.

Em cima desse conceito, formou-se todo um contexto para a história da Terra e dos seres humanos. Ou seres de luz (aqueles formados por energia), no passado longíquo, olharam para a Terra e pensaram "Pow, planetinha mó legal... Vamo dar um rolé por lá". E vieram. Mas para ficarem por aqui, era necessário se densificar, ou seja, virarem matéria. Beleza.

Os seres então deixaram uma galera aqui e vazaram para as suas estrelas de origem, prometendo voltar depois de um ziriguidão de anos. Passados os anos, ao voltarem, notaram que quem ficou perdeu as suas memórias de seres de luz, e estavam viciados na matéria, querendo tudo pra si (e portanto gerando os conflitos, intrigas etc.). Os seres olharam aquilo e falaram "Deu merda capitão...".

Então eles tentaram um plano B. Enviaram mais seres a Terra, mas com um backup: escreveram suas memórias em determinadas placas, para não deixarem eles sem saber (de novo) o que estavam fazendo ali. A missão era filtrar aqueles que poderiam voltar as estrelas, sem levar os apegos pela matéria desenvolvidos no planeta.

É aí que ós entramos. Somos esses seres que vieram resgatar a galera. E, como previsto, não temos a mínima recordação disso. E também não sabemos onde raios foram para as placas. Não sabemos de p... nenhuma.

Então, voltando ao começo da história: dada toda essa viagem, a simbologia mostra, entre outras coisas, os planetas, estrelas, galáxias, muquifos etc. que você passou antes de parar na Terra. O legal que tirei uma temporada de férias em Vênus. Devo ter achado lá muito quente e resolvi vim para a Terra.

Durante o processo de "simbologialização" eu notei que no grupo todo (pouco mais de 100 pessoas) havia uma certa hierarquia:

  1. A pessoa fodona que é a mestre de tudo por ali (no caso o tal do Urandir, que de tão inacessível só aprendi o nome no final da viagem),
  2. Os assistentes diretos da pessoa fodona (caracterizados por possuírem radinho de comunicação),
  3. Os compromissados (até então não tinha entendido o que significava isso),
  4. Os não-compromissados (idem),
  5. Os sem simbologia (aka. "menos que m.. nenhuma")
Depois de feita a simbologia, passamos para o patamar de não-compromissados. Emocionante.

Agora como "não-compromissados", fomos para o primeiro trabalho. Deveríamos ir para uma estrada no meio do nada, e ficar lá tentando ouvir uma música do meio do mato.

Então um dos assistentes perguntou em voz alta "Quem tem câmera fotográfica?". Gelei... Eu estava com uma câmera mocada dentro da blusa para registrar qualquer coisa bizarra, e estava com aquele preconceito de que tudo ali seria segredo. "É interessante que cada grupo tenha uma câmera para registrar qualquer coisa que aconteça. O grupo que não tiver câmeras me avise!". Fiquei surpreso... foi o contrário do que eu esperava. Legal.

Antes de partirmos, todos os compromissados (os do patamar acima) passaram por nós fazendo símbolos na nossa testa com a mão. Esse processo faz parte de uma tal de "ativação".

Ativados, fomos para a estrada. Ficamos vários minutos lá, tentando ouvir a tal música. Dentro do grupo havia uma pessoa mais experiente, responsável por guiar o grupo. No meu grupo havia o Crocodilo Dande:

Turma tentando ouvir alguma coisa na estrada

Quando perguntei pra ele se ele já havia lutado com um crocodilo, ele disse "Sim, mas eu na verdade prefiro defender as pessoas de onças, tigres, cobras etc.". Huuummm... Melhor é Melhoral.

Depois de muito tempo, só ouvimos grilos. Grilos? Será que eles são os seres extraterrestres, responsáveis pela salvação de toda a humanidade? Será que o conselho inter-grilático os enviou para nos monitorar e eleger os humanos escolhidos? Ou será que os grilos são seres malignos que vieram nos destruir?

Bom, ninguém ouviu nada na estrada, e fomos de volta para a sede da fazenda. Acho que os grilos não eram os seres. De qualquer maneira fiquei grilado.

Houve uma reunião para finalizar o trabalho, e cama.

Acordamos no outro dia para almoçar. O almoço, ao contrário do que acreditavam várias pessoas, não tinha nada de "alternativo" ou "natural-vegetariano". Era arroz, feijão, frango, carne, tomate, repolho... Tudo o que se come normalmente (aqui no Brasil).

Comidos (ui), assistimos a uma palestra sobre como o mundo iria acabar e o quão ferrados estamos. Achei bem brochante quando começou a se falar de religionismos: o católico é melhor que o protestante por causa disso e daquilo. Putz. Se tem uma coisa que eu não tolero é esse tipo coisa. Cada um acredita no que quer, e é no mínimo anti-ético tentar medir que crença é melhor que outra. Acredite no que quiser, sem desrespeitar o direito das outras pessoas de fazer o mesmo.

Depois da brochada, começamos a dar um rolé para conhecer melhor o ambiente.

Casas-iglu feitas para resistir fortes ventos


Imagem que resume muita coisa

Chegada a noite, subimos no platô (parte plana da montanha de onde dá para ter uma visão quase que completa da região e do céu) para começar os trabalhos.

Visão do platô durante o dia

E então algumas coisas começaram a ficar estranhas...

(Continua na parte 2)

4 comentários:

gesser disse...

Opa!
A gente já conversou hoje, e isso ainda vai dar muito pano pra manga...

Gostei do foto da galera, de longe parece uma festa junina, hehe.
Também gostei da "crer para ver"

A única dúvida é: porque os caras logo abaixo do mestre precisam de radinhos pra se comunicar?

Unknown disse...

Aow!
Muito massa essas coisas, quero um dia ainda ter oportunidade de conhecer mais sobre esses tipos de crenças

Abraço

Sérgio Campos disse...

Os radinhos são os TalkAbout... todo mundo pode comprar para acompanhar os trabalhos... não é segredo o que se fala ali...

BLOG DO MARCIODEANTARES disse...

GOSTEI DO SEUS RELATOS, APESAR DE TER UM TOM DE BRINDACEIRA, MAS VOCÊ DEU O SEU RECADO!

LEGAL TAMBÉM QUE TENHA GOSTADO DA EXPERIENCIA E PODER VERIFICAR "IN LOCO" QUE O PROJETO PORTAL É COISA PARA SE LEVAR MUITO A SERIO.

É CRER PARA VER.