sábado, 24 de janeiro de 2009

RPG e o mundo dos games

Iow

O RPG é mais que um jogo: é um hobbie. Quem joga de verdade faz de tudo para estar sempre jogando, está sempre atualizado nesse mundo e quer sempre mais.

E os RPGistas sempre enfrentam alguns tabus quando citam o tal do RPG:
  1. Sempre tem quem pergunta "mas o que é RPG?";
  2. Sempre tem quem cita alguma notícia dizendo "ué, mas não jogando isso que não sei quantas pessoas morreram em não sei que lugar?";
  3. Sempre tem quem diz que jogou ou joga, mas é só perguntar qualquer coisa específica e a pessoa faz cara de ponto de interrogação.
Bom, essas situações são clássicas pra quem joga RPG. Mas ultimamente, e principalmente para as gerações mais novas, apareceu mais uma:

"RPG? Sim!!! Eu jogo World of Warcaft" (ou qualquer outro MMORPG)

NÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!! Quando é que distorceram os termos??? O RPG é um jogo de interpretação de personagens, e não sinônimo de jogo on-line com várias pessoas (outras distorções eu escrevi no post Só sei que em blog dá pra mandar imagem).

As pessoas precisam ser resgatadas ao conceito original de RPG. Dói saber que o conceito está sendo perdido. E dói mais ainda, como cito no post citado acima, perceber que o conceito distorcido está dominando o conceito original.

Esse fenômeno é facilmente percebido lendo a mais nova edição de Dungeons & Dragons, a quarta edição. Pra quem jogou as edições anteriores do jogo, percebe rapida e claramente o quanto a quarta edição parece um "joguinho de computador". Praticamente todas as habilidades dos personagens referentes à interpretação fora de combate foram retiradas. Cadê o "Detectar intenção maligna" do paladino? Onde foi parar a explicação do porquê que clérigos não utilizam armas cortantes? E o que dizer das escolas de magia, que simplesmente não existem mais?

Isso sem falar das ilustrações. Nas edições anteriores, mesmo que as ilustrações fossem mais toscas, elas eram bem mais realistas. Agora toda espada tem alguma luz mágica, toda armadura tem cravos enormes, todo escudo tem formas estranhas e desenhos psicodélicos...

Agora o D&D está, mais do que nunca, unicamente voltado ao combate. O livro do mestre ainda tenta deixar o jogo com a cara antiga, mas o livro do jogador detonou tudo. É triste, para quem interpreta de verdade, ver essa tendência tomando forma.

MMORPGs são muito legais e tudo mais. Eu inclusive jogo. Mas pra mim nada substitui o jogo presencial em torno de uma mesa, rolando os dados e fazendo uma voz diferente para interpretar outra raça. Tanto pra quem mestra quando pra quem joga, o RPG de mesa (sim, agora temos que especificar o RPG pra evitar confusões) é insuperável.

(Por essas e outras que eu ainda prefiro jogar a terceira edição de D&D...)

Té++

2 comentários:

Anônimo disse...

Faltou o clássico "sim eu jogo RPG... aquele de cartas colecionáveis com monstros e magias"

Unknown disse...

Viva o AD&D. (Herói tb chora e sente dor)